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Batman: Arkham Knight e a narração contundente de Marv Wolfman

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Dois inimigos fatais surgem para desafiar o Homem-Morcego. O primeiro é o misterioso Cavaleiro de Arkham – um assassino com habilidades e armadura tão semelhantes às do herói mascarado que é quase como se Batman enfrentasse um clone. E para desequilibrar ainda mais essa luta, o segundo inimigo surge do nada. Mas ele não estava morto? O Coringa está de volta... ou é só um delírio? Descubra nas páginas de BATMAN: ARKHAM KNIGHT. Pronto para jogar? 

Batman: Arkham Knight || Novelização do 5º jogo da franquia Batman: Arkham || Marv Wolfman || DarkSide Books || Capa dura || 272 páginas || Site oficial || Compare os preços || Livro cedido em parceria com a editora.


Batman. Bruce Wayne. Cruzado Encapuzado. Homem-Morcego. Demônio. Ou anjo? Já foi um Deus. Justo - e um pouco insano. Inimigo do crime e da corrupção. Combate o Mal, mas regido pelas próprias leis. Em Arkham Knight, pode chegar a ser um tanto... E com toda a certeza é a maior vítima.


Você não entende, Alfred? Estou com medo pela primeira vez, desde que vesti a máscara, de ter sido derrotado. Há muito a ser feito e não tenho tempo de fazer tudo.

Gotham acordou num pesadelo. Após os acontecimentos de Arkham City e a morte do Coringa, a cidade pensa que finalmente viverá um pequeno período de paz. Mas isso é sonhador demais, né? E de fato não passa de um sonho. Agora que o Palhaço do Crime está morto, alguém precisa assumir seu lugar. A disputa é acirrada e destrói um pouco de tudo no caminho. Não bastasse a extinção iminente da cidade que jurou proteger, Batman ainda precisa lidar com os fantasmas do passado e do futuro também. É uma época tenebrosa para ser o Homem-Morcego.
Essa obra, que é a novelização fiel da trama principal do jogo (deixando de fora as missões secundárias), mostra um Bruce Wayne extremamente fragilizado que precisa enfrentar mercenários, metade da frota de vilões de Gotham City e os impulsos provocados pelo sangue do Coringa que circula em suas veias. Além disso, Batman também está atormentado com um episódio do passado que parece prestes a se repetir, e talvez tenha perdido a amizade de um valoroso aliado. Com o auxílio de velhos amigos, uma improvável parceria e a força simbólica de policiais que se permitiram ficar para trás, cabe a ele restaurar o mínimo de normalidade à Gotham City e acabar com a ameaça do Espantalho de liberar sua toxina do medo e enlouquecer os cidadãos. Como se tudo isso não fosse suficiente, um novo vilão surge e parece conhecer todos os detalhes da vida do herói, especialmente seus pontos fracos, nutrindo por ele um rancor sem igual. Mesmo com todas as ameaças à sua vida, no entanto, o foco do Morcego continua sendo manter Gotham City sã em meio à insanidade dos vilões que querem destrui-la.


Acho que essas crianças estão crescendo sabendo um pouco demais sobre o quanto a humanidade pode ser podre. Sem perceberem que a vida não precisa ser uma latrina, que isso não deveria ser normal. Para mim, esse é o verdadeiro crime.


Antes de tudo, você não precisa ser um expert nas hqs da DC para entender esse livro. Ele é uma história fechada: consegui me situar no enredo mesmo sem ter jogado qualquer um dos Arkham anteriores. O que você precisar saber, Marv Wolfman introduz nas falas dos personagens ou por meio de flashbacks. É assim que você sabe, por exemplo, o que houve com o segundo Robin e com Barbara Gordon. Mesmo aqueles mais conhecidos recebem uma pequena apresentação, como James Gordon, Alfred Pennyworth, Lucius Fox, Asa NoturnaBill McKean, Espantalho, Hera Venenosa, Pinguim, Duas-Caras, AlerquinaCoringa, Arkham Night (depois que sua identidade é revelada) e até mesmo Bruce Wayne, cujo passado é mostrado por meio de lembranças do próprio Bruce ou de outros personagens. Eles não são exatamente aprofundados, à exceção do protagonista, e isso não me incomodou nem um pouco. De modo geral, todos são bem conhecidos, não? A profundidade não foi exatamente necessária e cada um ficou marcado do seu jeito, não ficando relegado à eles o papel de meros coadjuvantes que nem fazem diferença na história.
Quanto à narração de Wolfman, ela é tipo um murro. Seca, sem poesia, sem descrições detalhadas, sem nada. É reta, cruel, latente e contundente. Necessária para a história, porque assim não há enrolações e torna tudo bem mais dinâmico e rápido, mas sem ser apressado. Não sei se funcionará para todos os leitores, mas se agradou a mim, que sou fã de narrativas poéticas como Patrick Rothfuss, certamente agradará você.

Finalizando, eu acho que poderia dizer que este livro foi escrito para nós, que nos sentimos atraídos por personagens de HQS, mas não lemos os quadrinhos nem jogamos nada - no meu caso, justamente porque prefiro livros. Casou perfeitamente! Uniu um personagem que amo desde Liga da Justiça: Sem Limites, com a história de um jogo que eu ouvia falar loucamente, mas nunca parei para jogar. Sem contar as referências que fiquei mega feliz de ter conseguido captar.
Por mim bem poderia existir uma saga da série Arkham. Toda novelizada por Marv Wolfman. Eu leria tudo, amigos. E mais de uma vez. Contemplar o começo de tudo nesse arco? Com certeza quero! Por isso irei atrás dos jogos. Mas Wolfman, caso você esteja lendo isso, fica a dica, viu? Uma novelização é sempre muito bem-vinda para quem prefere livros. 


(...) “Não. Afaste-se.” Ele deu mais um passo para trás. “Morra, maldito!” Mais um passo. “Pare. Fique longe.”
Mas Batman não parou.
“Não. Morra!” implorou.
Mas Batman não morreu.
Eu sou a vingança”, falou o Homem-Morcego. “Eu sou a noite.
Sua voz ficou mais rouca. “Eu sou Batman!”, rugiu ele.





Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Defensora Pública nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

A Menina Submersa: Memórias

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Com uma narração intrigante, não-linear e uma prosa magnífica, Caitlín vai moldando a sua obsessiva personagem. Imp é uma narradora não-confiável e que testa o leitor durante toda a viagem, interrompe a si mesma, insere contos que escreveu, pedaços de poesia, descrições de quadros e referências a artistas reais e imaginários durante a narrativa. Ao fazer isso, a autora consegue criar algo inteiramente novo dentro do mundo do horror, da fantasia e do thriller psicológico. A epígrafe do livro, retirada de uma música da banda Radiohead – “There There” –, diz muito sobre o que nos espera: “Sempre há um canto de sereia lhe seduzindo para o naufrágio”. A Menina Submersa é como esse canto, que hipnotiza até que tenhamos virado a última página, e fica conosco para sempre ao lado de nossas melhores lembranças.

A Menina Submersa || Livro único e limited edition || Caitlín R. Kiernan || DarkSide Books || Capa dura || 320 páginas || Site oficial || Compare os preços || Livro cedido em parceria com a editora.


India Morgan Phelps, ou Imp, carrega a maldição da família: avó, mãe e filha, todas consideradas loucas - “Eu. Rosemary Anne. Caroline. Três mulheres loucas, em sequência”.
Imp sofre de esquizofrenia desorganizada e, embora receba tratamento, por vezes não consegue diferenciar o que é real do que é imaginação ou o momento que determinado fato aconteceu – ou que ela imaginou acontecer –, mantendo uma linha do tempo completamente desorganizada. 
Depois do aparecimento da(s) misteriosa(s) Eva Canning – ela não tem certeza se são uma ou duas Evas – e de ser abandonada pela namorada, Imp decide expurgar seus fantasmas escrevendo um livro de memórias, mas não um livro para ser publicado ou lido por outras pessoas, porque, segundo ela, assombrações podem ser contagiosas.

E este é o nosso livro, narrado em primeira pessoa por alguém não completamente sã, que não tem certeza se algo realmente aconteceu ou quando aconteceu e que não se importa nenhum pouco em seguir uma linha de raciocínio, se está divagando, procrastinando, demorando ou se interrompendo – supostamente estamos lendo o livro que Imp escreveu, mas ela interrompe a narração diversas vezes para fazer comentários e conversar consigo mesma.

Mas a história é minha, não é? Sim, então é minha para eu contar como eu quiser. É minha para demorar, procrastinar e chegar a qualquer ponto em particular no meu próprio e doce tempo. Não há um leitor fiel para apaziguar, somente eu e apenas eu.

Confesso que o livro não me conquistou, a narração não linear e cheia de interrupções fez eu me sentir um pouco perdida durante a história, até agora não tenho certeza de ter entendido totalmente algumas partes. Isso, aliado a quase completa falta de ação e algumas passagens bem cansativas, quase me fez desistir da leitura diversas vezes. 


No começo do livro, Imp nos diz que esta será uma história sobre fantasmas e sereias. Se você pretende ler esse livro, têm que ter em mente que esses fantasmas não são os fantasmas sobrenaturais com que estamos acostumados, eles estão mais para “fantasmas do passado”, pensamentos e acontecimentos que ainda a atormentam. Então, não inicie a leitura esperando uma história de terror ou assustadora, porque você vai se decepcionar. Mas a sereia talvez seja verdadeira, ou não. Seriam apenas delírios de uma mente perturbada ou haveria mesmo algo de sobrenatural nessa história? Ao mesmo tempo em que Imp não é uma fonte muito confiável, Eva pode ser considerada no mínimo muito estranha, mesmo aos olhos de outras pessoas. Imp nunca saberá e nós nunca saberemos.
Em contraponto, o livro é cheio de personagens femininas fortes e bem desenvolvidas– na verdade, não possui nenhum personagem masculino digno de ser lembrado. O que eu mais gostei no livro foram às dezenas de referências, citações e curiosidades. Eu passei basicamente o livro inteiro dando uma “googlada” pra saber mais sobre elas – vocês sabiam que a boca mais beijada no mundo é a da L’Inconnue de La Seine, uma suicida não identificada encontrada nas margens do rio Sena por volta de 1880?

Este livro é o que é, o que significa que ele pode não ser o livro que você espera que seja.

Esse não é um livro para qualquer pessoa, com certeza não foi um livro para mim. Mas também não é um livro que tenha “erros”. Na verdade, ele é exatamente o que eu esperaria de um livro escrito por uma esquizofrênica. Então, se depois de ler essa resenha, você ainda quiser lê-lo, meu conselho é que vá em frente, conheço pessoas que amaram o livro com a mesma intensidade que eu odiei.
Sobre a edição limitada da DarkSide Books:é maravilhosa, simplesmente o livro mais bonito da minha estante. A capa é perfeita, linda, dura e em alto relevo. A diagramação é cheia de detalhes e desenhos, as letras têm tamanho e fonte confortáveis à leitura. As folhas são amareladas. O livro vem com uma fitinha cor de rosa para marcar a página – além de vir acompanhado por um marca página de papel e uma folha para colorir. A borda cor de rosa é o toque final para deixar o livro perfeito – e quase me fazer dar pulinhos quando o livro chegou. 




Alexia é uma arcanista plena que conhece muitos nomes, é capaz de chamar o raio e o trovão. Normalmente usa suas habilidades para combater crituras das trevas como orcs e trolls, mas no momento está muito ocupada com seus três dragões em fase de crescimento - eles dão realmente muito trabalho. Nas horas vagas ela gosta de cozinhar, dançar e às vezes consegue arrumar um tempo para o namorado.

Série: The Red Woman - Game of Thrones S06E01

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Essa semana tivemos o tão aguardado retorno de Game of Thrones em sua sexta temporada. Ainda que você seja do #ReclamoesTeam e tenha jurado pelos Antigos e Novos Deuses que não daria mais audiência à série por ela ser completamente diferente dos livros, aposto que sei onde você estava ontem às 22h.
Para a estreia da nova temporada, o episódio, em minha opinião, foi satisfatório. Promete uma season para finalmente deixarmos de reclamar - afinal, nem podemos dizer que mas no livro é diferente, uma vez que os produtores já disseram que as duas mídias terão destinos completamente diferentes. Ou você assiste e entende que a série é a série e os livros são os livros, ou você se torna aquele amigo chato com quem ninguém nunca irá querer conversar sobre As Crônicas de Gelo e Fogo. E aí, qual você prefere? Hahahah de qualquer modo, fique com a resenha do primeiro episódio e fique avisado: CONTÉM SPOILERS.

Título da série:  Game of Thrones
Temporada:  Sexta
Episódio:  01 - The Red Woman
Duração:  Aproximadamente 52 minutos
Estreia:  24 de abril de 2016
Criadores:  David Benioff e D. B. Weiss




Jon Snow está morto. Isso é incontestável. O episódio começa com uma vista panorâmica do local onde o bastardo foi assassinado. O cadáver está estirado sobre a neve, uma poça de sangue o cerca, mas o que mais cortou meu coração na cena foi o uivo, o lamento de Fantasma. O lobo gigante está preso em uma das cochias dos cavalos, tentando sair desesperadamente, arranhando a porta numa luta incessante. O animal mais sereno da ninhada, aquele que é descrito como silencioso e calmo, encontrou sua voz para lamentar pelo dono - uso essa palavra por falta de uma melhor, pois a relação que os dois têm vai muito além da que temos em casa com nossos bichinhos de estimação.
Davos Seaworth, ouvindo a movimentação de Fantasma, é atraído pela fora e vê o corpo do Senhor Comandante. Logo outros aliados de Jon chegam, incluindo Edd Doloroso, e veem a cena pela primeira vez. Levam o corpo do bastardo para Castle Black e há apenas duas certezas: a de que o amigo foi assassinado, e que o responsável foi Alliser Thorne. No meio da conversa, Melisandre bate à porta. Eu nunca a tinha visto tão sem esperança, tão cansada, tão abatida - pelo menos até o final do episódio.

Eu o vi nas chamas. Lutando em Winterfell.


Melisandre de Asshai - S06E01

Enquanto isso, Alliser Thorne se reúne com os demais patrulheiros no salão de Castle Black. Todos já sabem da morte de Jon Snow e Thorne assume a autoria, acrescentando que os demais oficiais da Patrulha também participaram. Olly está ali, presunçoso e sorrindo de canto, e eu simplesmente espero que a morte mais cruel esteja reservada à ele. Thorne, em seu discurso de que Jon Snow acabaria ferrando com a Patrulha por se aliar aos selvagens, consegue calar os enérgicos patrulheiros indignados com o assassinato de seu ex-comandante.
A cena retorna brevemente a Davos e os outros. Eles conspiram contra o restante da Patrulha da Noite e sabem que estão praticamente sozinhos... Ou não, como o Cavaleiro das Cebolas observa. E assim fica decidido que Edd Doloroso irá atrás de ajuda - mais precisamente os selvagens, até onde entendi.

Agora estamos em Winterfell. Ramsay Bolton demonstra uma rápida fragilidade que de forma alguma aparece nos livros (e que achei bem bizarra): parece afetado de modo bem emotivo pela morte de Myranda. Sua voz treme, hesita e por um momento você pensa que ele irá chorar. O Senhor de Winterfell promete vingar a amiga/meretriz e deixa de parecer com o Ramsay dos livros até que...


A carne é boa. Dê para os cães.


Ramsay Bolton - S06E01

Agora Ramsay está com o pai, Roose. Eles discutem a vitória de Winterfell sobre o exército de Stannis e a consequente morte do pretenso rei. Roose sabe que é uma questão de tempo até haver retaliação e o Norte precisa estar pronto. Para isso, os vassalos de Winterfell devem se unir a Ramsay - e isso só acontecerá com a presença de Sansa Stark... Que fugiu com Reek/Theon Greyjoy. O filho assegura ao pai de que ambos serão encontrados pois os melhores soldados estão em seu encalço com os melhores cães. Bem, não deixa de ser verdade, né? 

Sansa está com Theon. Eles correm desesperados, fugindo de Winterfell e dos cães que Theon conhece mais do que gostaria. Por um momento eles param debaixo de um tronco caído, procurando abrigo da nevasca, e você percebe a vulnerabilidade de Sansa nessa cena, quando ela aceita o abraço de Theon e parecem encontrar ali um tempinho de paz. Então ouvem os latidos dos cães e o quanto estão próximos. Theon aconselha Sansa a seguir o norte toda vida, pois irá acabar parando em Castle Black, onde Jon Snow é comandante (tadinho rs). Ele sai do esconderijo pronto para distrair os captores, mas não adianta muito, pois Sansa logo é farejada e encontram-na. Não acreditei que ela já seria recapturada. Brinquei com meu namorado, inclusive, dizendo que tinha de aparecer um salvador da pátria (meio sem esperança porque Martin não escreve salvadores da pátria, né?). Bem, eu estava certa. Apareceram dois salvadores: Brienne de Tarth e Podrick Payne! Eles matam os soldados Bolton, inclusive com a ajuda de Reek, que por um segundo volta a ser Theon. E agora, tanto tempo depois, Brienne finalmente cumpre sua promessa e oferece a espada à Sansa.

Estamos com Jaime Lannister retornando à Porto Real. Cersei sai de seus aposentos com a notícia de que a filha retornou. Você a vê feliz após os dias negros (e merecidos rs) que passou, com o semblante ansioso de quem finalmente verá a pessoa que ama depois de tanto tempo. Ela aguarda no porto da Fortaleza Vermelha e o sorriso vai diminuindo conforme assimila a verdade - a tristeza no rosto de Jaime, a ausência da filha, o corpo coberto que repousa atrás dele. Aí a cena já muda para Jaime e Cersei conversando sobre morte, inclusive a da mãe, e a profecia de Maggy, a Rã, que persegue Cersei e se cumpre lentamente. Dois filhos já se foram. Falta um.

Em uma das celas do Septo de Baelor, Margaery Tyrell recebe a visita de Septã Unella, que prega a Palavra e exige sua confissão cada vez que a rainha abre a boca. Quando ela está prestes a levar uma boetada, o Alto Pardal a visita e se segue uma conversa onde ele diz que Margaery finalmente está entendendo a verdade das coisas, mas ainda tem um longo caminho a percorrer.

O núcleo de Dorne foi o mais arruinado, mas também proporcionou as três primeiras mortes da temporada. Ellaria Sand e suas Serpentes de Areia matam Doran Martell e Aero Hotah, que teve uma morte decepcionante diante de seu personagem nos livros. Ellaria discursa sobre a covardia de Doran, sobre a inércia diante do assassinato de Elia e Oberyn, sobre não ter mais homens fracos governando Dorne. Isso inclui, claro, Trystane, que é morto de modo traiçoeiro e covarde. Mas isso é Game of Thrones, né? E assim a linhagem Martell encontra seu fim.


No núcleo de Meereen, Varys e Tyrion Lannister vagam pelas ruas da cidade. Encontram um Sacerdote Vermelho pregando a palavra de R'hllor e Varys fala sobre os escravos mais antigos que acreditam que Daenerys os abandonou. Meereen, no geral, parece abandonada: não há comércio, poucas pessoas estão nas ruas e a cidade está uma bagunça. O medo a paralisou, segundo Varys. No final eles descobrem que tocaram fogo na frota de Daenerys Targaryen.
A cena muda rapidamente para mostrar Daario Naharis e Jorah Mormont, que encontram rastros recentes da passagem de um khalasar, bem como Jorah vê o anel de Daenerys bem no centro da bagunça, onde o solo está intocado - indicando que Dany estivera ali no meio. Ele também puxa a manga de sua camisa e vê que a escamagris está se espalhando pelo braço. 

Daenerys está caminhando ao lado do khalasar de Khal Moro como uma escrava, levando chibatadas e sendo escarnecida por dois dos companheiros de sangue do Khal. Quando é levada até ele e se apresenta com seus intermináveis títulos, mais uma vez é desacreditada. O Khal afirma que irão deitar à noite e que ela deve lhe dar um filho... Daenerys narra um trecho da profecia de Mirri Maz Duur, mas é somente quando diz ser esposa do falecido Khal Drogo que recebe algum respeito e um veredito: irá para Vaes Dothrak, o lugar das viúvas de todos os khals.

Arya Stark está em Braavos se acostumando com a repetina cegueira. Ela ouve e sente tudo ao seu redor enquanto atua como pedinte. A única ação em seu núcleo se resume ao espancamento que recebe da garota do Templo, que exige que ela lute e revide ainda que esteja cega. Uma parte dura do aprendizado? Com certeza. Mas também útil.


Retornando ao núcleo da Muralha, Alliser Thorne vai até Davos para oferecer-lhe uma chance de ir embora para o sul com um cavalo novo e comida. Também diz que concederá anistia a ele e todos os patrulheiros que estão ali. Para ganhar tempo, Davos alega que irá conversar com os homens. Mas essa de longe é a parte mais interessante do final.
Melisandre. Quantas teorias surgiram com esse final... Quando ela ficou diante do espelho e tirou a roupa, certeza que fez a alegria da nação. Ainda que algumas pessoas tenham se concentrado mais em outras coisas, eu me atentei à expressão em seu rosto. Mais abatida do que no começo, sofrível, derrotada. O semblante de alguém que perdeu a fé. Ela então retira o colar com o rubi e assume a forma abaixo. Não acredito que a pedra altera a sua aparência, sabem? E sim que funciona como um canalizador de magia. Muita gente está discutindo esse final. A Sacerdotisa Vermelha que nunca dormia se prepara para adormecer. E de repente ela está longe de ser a mulher cheia de energia que sempre vimos na série. Foi aterrorizante - não pela aparência, mas sim pela transformação psicológica latente. Dedicarei um post inteirinho para as teorias sobre a Sacerdotisa porque tem sido uma das coisas mais legais de se discutir. Não o faço aqui porque ninguém merece um post com o dobro do tamanho, né? Mas só posso concluir com uma frase: coisa boa vem aí.

Agora falando sobre o episódio em si, eu gostei especialmente do núcleo da Muralha e de Dorne. A Muralha porque deixou o cliffhanger perfeito para os próximos acontecimentos e incitou a nossa curiosidade de modo fenomenal. Resgatou a discussão sobre a origem de Melisandre, algo que eu já não via há um bom tempo. Vi uma face diferente de Davos e uma ainda mais diferente da Sacerdotisa Vermelha. Até o jogo de cores me agradou - e eu nem sou do tipo que repara nessas coisas. Quanto ao Fantasma, senti tanto por ele... Senti tanto por ver ele, que é tão sereno e silencioso, uivar de modo sofrido pela morte de Jon Snow. Eles possuem uma ligação além da compreensão e não imagino o que deve ter doído mais no lobo gigante: as facadas ou entender que Jon realmente morreu. Espero grandes agitações na semana que vem. Quanto aos selvagens colaborando, não sei muito bem o que pensar.
Sobre o núcleo de Dorne: ok, está ABSURDAMENTE diferente dos livros. Mas lembra do que eu disse no começo? Ou você assume que a série é diferente dos livros ou para de assistir, caso contrário é bem capaz que tenha um colapso nervoso. Em se tratando da adaptação, eu gostei da solução dada para retirar Dorne do mapa. Sem Aegon na série, não faz muito sentido tê-la... Agora a treta será entre as Serpentes de Areia e o Trono de Ferro, aparentemente. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
Ah, falemos sobre decepção. Os demais núcleos não foram agitados, mas apenas um chegou a decepcionar: Ramsay Bolton. O ator deixou a desejar e eu não entendi bulhufas da reação que ele teve perante a morte de Myranda. Não encaixou, não deu para engolir. Ramsay, você é melhor (lê-se pior) que isso.




Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

Os encantos do Circo Mecânico Tresaulti (+ sorteio)

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Respeitável público, sejam bem vindos ao incrível Circo Mecânico Tresaulti, o lugar para quem acredita no mundo mágico que nos rodeia. Permita-me conduzi-lo por uma viagem única através da luz e das sombras onde descobriremos juntos uma nova forma de ver tudo e a todos. Onde não existe limite entre o picadeiro e a plateia, onde tudo é real e o único limite é a nossa vontade de sonhar. 

O Circo Mecânico Tresaulti || Genevieve Valentine || DarkSide Books || Capa dura || 320 páginas || Site oficial || Compare os preços || Livro cedido em parceria com a editora.


Quando comecei a ler O Circo Mecânico Tresaulti, eu não sabia muito bem o que esperar. Ainda que não tivesse a mínima ideia sobre a trama, no entanto, minha certeza era de que eu precisava lê-lo como meu primeiro steampunk. Fiquei apaixonada pela capa antiga há um ano, logo quando o vi, e a obra tornou-se uma das que eu mais queria ter na estante – e no coração.


Nós somos o circo que sobrevive.


O espetáculo (o livro sem si) começa com outro espetáculo. Seu primeiro contato com o Tresaulti é através dos olhos de Little George. Ele é o garoto que cola o cartaz do Circo nos muros das cidades – muros bombardeados de cidades sobreviventes à uma guerra nuclear que apagou fronteiras, além de ter transformado o mundo todo num lugar desolado e desprovido de esperança. O Circo existe, persiste e sobrevive sob a gerência de Boss, uma mulher firme e resignada, mãe de crianças órfãs e ex-soldados, mãe do Tresaulti e de seus milagres... Sendo o maior deles conseguir colocar sorrisos no rosto de um povo que não tem motivos para fazê-lo. Tresaulti tornou-se a luz no meio da escuridão de um mundo devastado pela guerra e ganância.

O Circo, com sua tenda, caminhões e trailers, é um personagem à parte. É o abrigo da equipe (pessoas normais que vêm e vão) e daqueles que têm os ossos (são eternos, são atrações, são o verdadeiro Tresaulti). Boss os transformou, colocou metal em seus ossos e tornou-os imortais após terem morrido. Em momento algum é explicado o poder que ela tem: um dia, quando houve a necessidade, ele estava ali. A história é sobre ela, sobre eles, sobre ele – o Circo Mecânico Tresaulti. 
É irônico que um dos personagens mais presentes no livro seja aquele que está irremediavelmente morto (o que não é spoiler, já que Little George fala sobre isso desde o começo). Alec – O Homem Alado personifica a depressão e Genevieve Valentine mostra, de forma sutil, que as pessoas mais improváveis podem ser acometidas pela doença e que é importante estar atento aos sinais. Evidencia, também, o impacto que o último estágio da depressão produz na vida de quem está ao redor do doente. O cotidiano do Tresaulti é um constante reflexo do que aconteceu naquele dia fatídico. E enquanto sobrevivem, os irmãos Grimauldi, Elena e suas trapezistas, as bailarinas, Panadrome, Bird e Stenos, Bosse Little George, Ayar e Jonah levam o Circo pelo mundo, tentam superar os traumas do passado e mantêm-se o mais distante possível dos homens do governo e de sua ganância – aqui você entende que o que Boss faz não é exatamente um crime, mas é incomum, e o incomum costuma atrair a curiosidade de quem está no poder. Os personagens são tão individualizados que, ainda que muitos, você não os confunde: todos amadurecem, especialmente Little George, e são pessoas – ou são máquinas? – conformadas com a vida que lhes pertence. 

(...) Todos podem ver que as asas não são realmente uma máquina. Elas são arte; elas são habilidade; elas são a prova de que o mundo não abandonou a beleza.

A narração é singela e diferente de tudo que já vi. Tem uma poesia que suspeito que só Genevieve possui. Oscila entre a primeira e a terceira pessoa, e de vez em quando até a narração em segunda pessoa aparece. Quando não é Little George, tem-se um narrador onisciente e onipresente. O tempo só fica linear no final, pois antes disso há uma mistura do presente com o passado – mas você não confunde, pois está encantado e quer entender cada vez mais. Há observações entre parênteses que casaram muito bem com o texto, e minhas partes favoritas são aquelas que se iniciam com “Isto é o que...”, pois costumam iniciar capítulos que mostram algo do passado ou que acabou de acontecer sob a perspectiva da outra parte.

Isto é o que acontece quando você está prestes a morrer: (...) Você esquece onde está. Acha que é primavera. Você não fugiu de uma cidade cheia de soldados e mentirosos e deixou sua chefe para trás. Você nunca nem viu um circo. 

Não espere um final feliz. Temos aqui um desfecho agridoce, que até acalenta seu coração, mas o deixa com um nó na garganta. Destaque para a história de Bird e Stenos, que é a mais tristemente bela que li esses tempos. Quando você se depara com os personagens sendo descritos logo no começo do livro, você pouco se importa – mas no final já os conhece e eles são sua família, você é da família e é o Circo Mecânico Tresaulti também.
Em resumo, posso dizer com segurança que esse é um livro fantástico que todos deveriam ler ao menos uma vez na vida. Mostra uma perspectiva diferente da depressão, das adversidades encontradas em uma família (e como enfrentá-las), dos limites que o amor é capaz de impor (mesmo quando você não quer reconhecer que o sente) e do quanto a vida pode ser dura e amadurecer deixa de ser uma escolha. E talvez, só talvez, o livro tenha sido escrito para uma leitura... Porque, assim como o Circo Mecânico Tresaulti, que a maioria das pessoas vê apenas uma vez na vida, é uma obra única.

A maioria das pessoas não vive o suficiente para ver o circo duas vezes. Estes são tempos exaustivos.


Clique na imagem para concorrer a um exemplar do livro.




Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora Pública nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

Série: Home - Game of Thrones S06E02

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O famigerado segundo episódio de Game of Thrones dificilmente decepcionou a maioria dos fãs. Tudo bem que o desfecho já era esperado, mas isso não impediu a euforia generalizada. Se você ainda não assistiu, passe longe deste post: CONTÉM MUITOS SPOILERS.

Título da série:  Game of Thrones
Temporada:  Sexta
Episódio:  02 - Home
Duração:  Aproximadamente 52 minutos
Exibição: 01 de maio de 2016
Criadores:  David Benioff e D. B. Weiss



O episódio se inicia com Brynden Rivers, o Corvo de Três Olhos, e Bran Stark ainda na caverna da última temporada. Bran vê o passado dos Stark, mais precisamente Ned e Benjen treinando duelo com espadas no pátio. Lyanna surge em cena, chegando em seu cavalo enquanto exibe suas habilidades. Os irmãos se reúnem e Wyllis também está ali – Hodor, em outras palavras, cujo nome verdadeiro nos livros é Walder, mas tudo bem. Ele fala (!!!!!) e os garotos chamam-no para duelar contra Benjen numa forma de treinar o caçula, mas é repreendido e levado para dentro pela Velha Ama. A visão então acaba e Brynden traz Bran de volta à caverna, ao presente, e o garoto reclama.

É muito bonito debaixo do mar, mas se ficar muito tempo se afogará.

Brynden Rivers - S06E02

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Bran tenta conversar com Hodor, mas não obtém sucesso. O gigante realmente teve um trauma imensurável para ter perdido a capacidade de falar, o que suscita um grande número de teorias sobre o que poderia ter acontecido – esse é, para mim, um dos mistérios mais fascinantes e intrigantes de toda a saga. Enfim, Bran sai da caverna e encontra com Meera do lado de fora. Ele começa a narrar o que viu, mas a garota não está muito interessada, pois ficar presa na caverna com Brynden Rivers é algo que a incomoda bastante. Hodor leva Bran de volta para dentro e uma Filha da Floresta aparece. Ainda que a Reed não esteja contente com tudo aquilo, é imprescindível que não saia do lado de Bran. Pode não ser hoje, amanhã ou dentro de um mês, mas em algum momento o Stark precisará da caverna – e precisará mais do que nunca do auxílio de Meera.
No núcleo da Muralha o tempo se encerra para Sor Davos. Thorne dá o ultimato e ordena que todos se retirem. Davos se arma com a Garralonga e os homens de Jon empunham suas espadas. Antes que os patrulheiros de Thorne derrubem a porta, no entanto, os selvagens invadem Castelo Negro. Não há qualquer batalha, pois a presença do gigante Wun Weg Wun Dar Wun intimida os patrulheiros, que recuam e abaixam as espadas. Edd Doloroso rende Thorne, Olly tenta atacar Tormund, mas os dois e todos aqueles que esfaquearam Jon são enviados à uma cela. 
A cena então retorna para o salão onde está o corpo de Jon Snow. Tormund o vê pela primeira vez. Fantasma está ali, adormecido aos pés do bastardo, e o momento é de melancolia.
Em Porto Real, um bêbado qualquer zomba abertamente de Cersei Lannister, inventando histórias sexualizadas sobre ambos. Mais tarde, quando se retira para urinar, um gigante de amargura aparece. Eles estão sozinhos e o bêbado ainda molha as botas dele. Esse gigante é Robert Strong e com um empurrão contra a parede, o bebado tem o crânio esmagado. Robert Strong se encaminha para o quarto de Cersei, aparentemente na intenção de escolta-lá ao velório de Myrcella Baratheon. Ela é, no entanto, impedida por soldados Lannister que estão sob ordens estritas de Tommen de mantê-la em sua torre.

No velório de Myrcella, no Septo de Baelor, Tommen e Jaime Lannister conversam sobre Cersei não estar ali. Tommen se retira e o Alto Pardal então surge. Ele e Jaime têm uma conversa enérgica - na verdade, o Lannister está enérgico e faz uma ameaça velada ao Alto Pardal, sob o pretexto da vingança contra o aprisionamento e humilhação a que submeteu Cersei. Por um momento você pensa que haverá sangue, pois os soldados do Alto Pardal estão ali, mas as ameaças não se concretizam e Jaime é deixado sozinho.
Retornando à Cersei, ela observa Porto Real de sua torre. Tommen entra e se desculpa por te-la mantido presa, mas sua justificativa é de que não queria que a prendessem de novo sob qualquer desculpa. Ele também se desculpa por não ter comparecido antes, e discursa sobre o que deveria ter feito – prender todos, mata-los, pois era o que Cersei teria feito. Ele finaliza dizendo que quer ser forte e pede ajuda à mãe.

Em Meereen, Varys, Tyrion e o conselho de Daenerys discutem sobre a situação política da região desde que a Targaryen foi embora. Os traficantes e senhores de escravos estão retomando o controle e a solução de Tyrion inclui a liberdade de Viserion e Rhaegal, retirando-os do cativeiro. Segue-se, então, a cena mais bizarra que já vi até agora: o anão consegue se fazer compreender pelas criaturas, que deveriam ser irracionais e sedentas por sangue. Ele se aproxima muito mais do que a razão recomenda, conversa com eles como se fossem animais de estimação e então tira as correntes de ambos. Não, eles não tentam devorá-lo nem queimá-lo vivo. O anão inclusive acaricia os dois enquanto relembra uma situação de sua infância, quando o maior sonho que possuía era ter um dragão para si. Um deles até se abaixa como quem pede para Tyrion retirar a corrente de seu pescoço depois de ver o anão fazê-lo com o irmão. Bizarro? EXTREMAMENTE. Pelo menos depois ele abandona o local correndo, o que é mais compreensível.

Arya/Ninguém recebe mais uma de suas sessões matutinas de espancamento da Garota Abandonada. Ela está ali, cega e lutando contra o nada, quando o Homem Gentil aparece. Aparentemente ela aprendeu sua lição, porque enfim esqueceu o nome (você entende que sim porque quando ela diz que The girl has no name, não recebe nem uma pancada). Pronta para a próxima etapa do aprendizado.

Em Winterfell,Roose Bolton recebe o relatório sobre o fracasso da captura de Sansa e Theon. Ramsay fala sobre planos de invadir Castelo Negro, mas é imediatamente rechaçado pelo pai. O meistre os interrompe com a notícia de que Lady Walda deu à luz a um garoto. Fingindo parabeniza-lo, Ramsay esfaqueia o pai no coração – e, assim, Roose Bolton está morto. Ramsay ordena que a mensagem seja espalhada ao Norte de forma que seja dito que Roose morreu envenenado pelos inimigos.
Mas, claro, isso não é suficiente. Ramsay chama Lady Walda e o irmão mais novo à sua presença. O novo Lorde de Winterfell segura o bebê nos braços e você pensa que ele irá arremessá-lo no chão, mas um destino pior está reservado para mãe e filho. Ramsay os leva para o canil... E Walda e o recém-nascido Bolton morrem devorados pelos cães. Sem misericórdia. Eu acho que nunca estive tão horrorizada desde a morte de Shireen Baratheon.

Prefiro ser filho único.

Ramsay Bolton - S06E02

Brienne conversa com Sansa Stark sobre a última vez que viu Arya, incluindo suas tentativas de convencê-la a acompanhá-la. Sansa diz que deveria ter aceitado ficar com Brienne quando teve a chance (não me diga?!).
Theon e Sansa têm uma conversa sobre como agir agora. Ainda sem saber da morte de Jon, Theon diz que o Lorde Comandante o matará quando vê-lo. Agora que a Stark tem companhia para ir à Muralha, ele prefere deixá-los. Um abraço comovente e wtf se segue. Theon diz que voltará para sua casa...

E então estamos em Pyke. Balon Greyjoy e Yara (que nome terrível perto de Asha, minha gente) conversam sobre a situação dos castelos que haviam tomado agora que A Guerra dos Cinco Reis encontrou sem fim com a morte de quatro deles. Yara é totalmente contra a declaração de qualquer guerra contra o Trono de Ferro, mas é a vontade de Balon e essa é sua palavra final. Após a discussão, ele se retira. Quando está atravessando a ponte entre as torres de Pyke, seu caminho é impedido por Euron Greyjoy, que retornou à Pyke depois de tantos anos. Aquela disputinha de egos de sempre acontece, com algum deboche por parte de Euron, e tudo termina com Balon dando um mergulho de queda livre como cortesia do irmão.
No dia seguinte, o corpo do antigo Rei do Trono de Sal está sendo velado seguindo os costumes do Deus Afogado. Yara jura vingá-lo sobre o Trono de Sal, mas Aeron Greyjoy, o sacerdote do Deus Afogado, diz que ela ainda não tem direito ao trono e que a vontade de seu irmão é irrelevante. Aparentemente devemos nos preparar para uma Assembleia dos Homens.
De volta à Muralha, Davos interpela Melisandre, praticamente implorando para que a Sacerdotisa Vermelha ressuscite o bastardo. Mel afirma que alguns têm esse poder, mas não ela – apesar de nunca ter tentado. E então a bruxa externa o que já pensávamos:

Tudo que eu acreditava, aquela grande vitória nas chamas, era tudo mentira. Você estava certo o tempo todo. O Senhor nunca falou comigo.

Melisandre - S06E02
Davos responde que não está pedindo a R'hllor, nem a qualquer outro deus, pois para eles são todos iguais – e não acredita em nem um. Ele está pedindo à Melisandre, a mulher que diversas vezes fez com que ele acreditasse no impossível.

Melisandre é convencida e se encaminha para a sala onde está o corpo de Jon. Realiza metodicamente o ritual, que dura alguns minutos, enquanto Tormund lança olhares duros a Davos, deixando aparente o quanto é contra o que está acontecendo. Aos pés da mesa onde o corpo de Jon repousa, Fantasma dorme. O ritual prossegue e encontra seu fim... E Jon continua morto. Sem esperança, todos se retiram da sala. O ritual não deu certo.
Quando está sozinho, no entanto, Fantasma acorda – e, Iogo em seguida, um Jon sem fôlego também.

Bem, todos esperávamos esse final, não há como negar. Pelo menos na série. Quanto aos livros há outras teorias, mas no fundo a gente sabia que Kit Harrington não ia deixar a adaptação assim (até porque seu contrato com a HBO tem mais dois anos). 
Eu comemorei, você comemorou, nós comemoramos: mas será que o retorno de Jon Snow é algo bom? Aprendemos desde Lady Stoneheart que os mortos de George Martin não retornam à vida como eram antes. Ele já disse em entrevistas que seus personagens podem até ser "ressuscitados", mas deixam para trás um pedaço de si. Agora observe bem a imagem acima: viu o olhar de Jon Snow? Você acha que esse Jon que acaba de acordar é o mesmo que foi esfaqueado? Eu suspeito que não. Algo deve ter quebrado dentro do bastardo. Claro que só vamos saber no próximo episódio, mas qual a sua opinião?
Sobre Melisandre: ela foi capaz de trazer Jon Snow à vida exatamente quando perdeu a fé em R'hllor. Isso abre um leque de dúvidas: ela é poderosa por si só? R'hllor ao menos existe? Será que se estivesse fervorosa como antes, teria conseguido ressuscitar o Lorde Comandante? Por que a magia deu certo quando Melisandre estava mais desacreditada do poder que possuía?
Essa temporada está se mostrando bem melhor que o esperado, aliás (pelo menos para mim). A única coisa que me pareceu ridícula mesmo foi aquela reação de Rhaegal e Viserion aos toques e conversa de Tyrion. Forçado demais! Tudo bem que a série tem menos tempo para desenrolar as tramas, mas tornar os dragões criaturas calmas e pacíficas perto do anão meio que o endeusou de uma forma que não acontece nos livros. Eu particularmente não gostei, mas nem por isso o episódio deixou de ser ótimo. Que continue assim!




Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

Novatos na Estante: abril/maio de 2016

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Quem me conhece sabe que nunca fui muuuuito adepta de postagens com os famosos recebidos do mês. Mas chega um momento de sua vida de blogueira que você recebe tanta coisa legal que fica ansiando por exibir aos leitores. Por esse motivo aqui estou com o que tem de novo na minha estante esses dias. Como notaram pela ausência no blog, estou sumida da vida social por conta da faculdade... E também meio perdida no tempo. Sei que a maioria das coisas vieram em maio, mas coloquei abril também porque vai que, né? Pra mim ontem que maio teve início, mas o calendário diz que já estamos no dia 15... E agora, sem  mais enrolação, às novidades! 

VEGAS CAMISETAS

Essa camisa lindona que você está vendo acima, e que eu usei na primeira foto do post, é lá da Vegas Camisetas. É a segunda estampa exclusiva que eu tenho da loja. A primeira, essa aqui, ganhei do meu namorado. A qualidade é incontestável e estou sempre fazendo propaganda para conhecidos: entre as lojas online que conheço, a Vegas decididamente no topo. Sim, esse pode até ser um publipost, mas eu me recuso a faltar com a verdade com vocês. A impressão da estampa é maravilhosa, a malha é fantástica e ainda tem o bônus de a loja ser da minha cidade! Hahahah E, se você der uma olhada no site deles, verá que promoções não são raras. Como essa aqui:
O André, da loja, é tão bacana que quando eu sugeri um cupom de desconto para os leitores, ele se propôs a dar uma quantia que normalmente é menor em parceiras. Se eu fiquei feliz? Imagina! Espero que vocês também fiquem, aproveitem a oportunidade e deem uma olhadinha na seção de estampas exclusivas, que sempre me fazem babar quando entro no site.

EDITORA BIRUTA

Esse foi recebido em parceria com a Editora Biruta. O primeiro dessa nova parceria de 2016! Pretendo iniciar a leitura quando a faculdade der uma folguinha, o que infelizmente ainda levará um tempo. Escolhi o livro porque a capa me chamou atenção e o título é curioso. Além disso, a diagramação é linda (você pode ver um pouquinho aqui no site da editora) e ler a obra significa sair um pouquinho da hegemonia dos autores de língua inglesa. Bônus: a Élia Barceló é uma autora premiada.

Apaixonante novela que combina história e fantasia, amor e maldade, bruxaria e religião. A história se passa na Idade Média e é muito bem retratada no livro, que destaca costumes e valores da época. As sangrentas guerras entre muçulmanos e cristãos pela expansão e posse de seus domínios. No posfácio, a editora explica os diferentes períodos da História e descreve a fascinante personalidade de El Cid.




GRUPO EDITORIAL RECORD: GALERA RECORD

Ainda que tenhamos passado apenas na Galera Record, e não nos demais selos do Grupo Editorial Record, o tipo de parceria deles permite que vez ou outra possamos pedir livros que não sejam da Galera. Solicitei, por exemplo, A Guardiã de Histórias (Bertrand Brasil) à pedido da colaboradora Alexia, bem como dois livros do Terry Pratchett que deverão estar chegando ainda esse mês. Outro Conto Sombrio dos Grimm foi um pedido meu, já que sou fascinada em contos de fadas. Não pude deixar de solicitar e estou ansiosa para conferir a história em formato de contos. A capa também é bem lindinha!

Outro Conto Sombrio dos Grimm: Depois de revisitar a história de João e Maria, mostrando o conto original dos irmãos Grimm, o autor mais uma vez usa a escrita original dos autores para mostrar a verdadeira aventura de João e o Pé de Feijão. Juntem-se a este conto de fadas pra lá de diferente e acompanhem João e Jill pelas histórias dos Irmãos Grimm, de Hans Christian Andersen e de outras figurinhas do universo do faz de conta. E se preparem para descobrir paisagens incríveis, que podem ou não! ser assustadoras, sangrentas, aterrorizantes e cheias de surpresas.

A Guardiã de Histórias: Imagine um lugar onde, como livros, os mortos repousam em prateleiras. Cada corpo tem uma história para contar, uma vida disposta em imagens que apenas os Bibliotecários podem ler. Aqui, os mortos são chamados de Histórias, e o vasto domínio em que eles descansam é o Arquivo. Mackenzie Bishop é uma implacável Guardiã, cuja tarefa é impedir Histórias geralmente violentas de acordar e fugir do Arquivo. Naqueles domínios, os mortos jamais devem ser perturbados, mas alguém parece estar, deliberadamente, alterando Histórias e apagando seus trechos essenciais. A menos que Mac consiga juntar as peças restantes, o próprio Arquivo sofrerá as consequências.


EDITORA DARKSIDE BOOKS

Mais um ano com parceria de sucesso com a maravilhosa DarkSide Books. O ano não acabou, mas sim, já é um sucesso! Pelo menos para o meu coração de leitora :p Lembro que esse livro chegou na última sexta. Mesmo com um seminário para apresentar na segunda, não resisti. Li Menina Má durante o fim de semana e isso justifica o branco que me deu enquanto tentava falar sobre Consumo Pessoal de Drogas no Código Penal, mas valeu a pena. Rhoda Penmark se tornou meu monstrinho favorito. Espero postar a resenha nessa semana que está entrando.
Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.
Mais um recebido da Dark. Quando soube que Donnie Darko seria publicado, fiquei feliz além da conta. Assisti o filme pela primeira vez com meu namorado e ele deu um nó na minha cabeça, isso há uns dois anos. Até hoje ainda me deixa confusa. Com a leitura do livro, QUE NÃO É NOVELIZAÇÃO, espero conseguir entender algumas coisas. Não digo tudo porque nem sei se é impossível entender tudo, mas pelo menos alguns dos detalhes mais inquietantes. A resenha deve sair no mês que vem - e adianto logo: a diagramação está linda.
Além do roteiro original, Donnie Darko, o livro surpreende pelo conteúdo extra. A começar pelo prefácio exclusivo, assinado por Jake Gyllenhaal. O astro de sucessos como Zodíaco, Soldado Anônimo, Príncipe da Pérsia e O Segredo de Brokeback Mountain, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar, até hoje é parado nas ruas por admiradores que querem saber sua opinião sobre o que realmente Richard Kelly quis contar em seu filme de estreia. E se você também está curioso, por que não ler o que o próprio diretor e roteirista tem a dizer sobre Donnie Darko, Gretchen, Frank e companhia? Kelly concede uma robusta entrevista sobre todo seu processo de criação. Uma verdadeira aula sobre o amor ao cinema e as armadilhas da indústria do entretenimento. Para ficar ainda mais completa, a Limited Edition da DarkSide Books – em capa dura, marcador exclusivo e aquela qualidade que qualquer leitor exigente sente gosto de exibir na estante de casa – traz uma surpresinha a mais: A Filosofia da Viagem no Tempo. Isso mesmo, uma reprodução de trechos do livro escrito por Roberta Sparrow, a Vovó Morte do filme. É o livro que Donnie lê para tentar desvendar o que está acontecendo no mundo ao seu redor. Agora você tem a mesma oportunidade. Quem sabe não encontre finalmente as respostas que tanto procurava?
Nossa, Celly, você ainda não leu Prince of Thorns? Bem, não. Mea Culpa. Mas li Prince of Fools, livro 01 de A Guerra da Rainha Vermelha, também do Mark Lawrence, e me apaixonei. Além disso, é um livro que quis ler principalmente por ter opiniões tão divididas entre quem já leu. Ah, e como quem me acompanha há mais tempo já deve ter notado, eu tenho muito interesse em saber um pouco mais sobre psicopatas. Alguns amigos disseram que Jorg Ancrath é um no mínimo notável, então tenho de conferir e entre todos os livros dessa postagem, é aquele que mais estou ansiando para ler. Embora já tenha uma resenha dele aqui no Me Livrando, feita pelo Rafa Moraes, eu também estarei postando minha opinião sobre. Estou com boas expectativas!
Tem início a Trilogia dos Espinhos: Ainda criança, o príncipe Honório Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato da Rainha mãe e de o seu irmão caçula, William. Jorg não conseguiu defender sua família, nem tampouco fugir do horror. Jogado à sorte num arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. O príncipe dos espinhos se vê, então, obrigado a amadurecer para saciar o seu desejo de vingança e poder. Vagando pelas estradas do Império Destruído, Jorg Ancrath lidera uma irmandade de assassinos, e sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.
American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson. Mais um filho para a coleção Crime Scene. Se eu ia ficar de fora? Só por cima do meu cadáver! :p Quando soube da publicação, óbvio que fui atrás de garantir o meu! Um assunto sempre fascinante, esse. Os livros da DarkSide ainda me farão ignorar os apelos de minha mãe sobre não me envolver com a área criminal por aqui, olha...
American Crime Story: O Povo Contra O.J. Simpson é o mais completo livro sobre o caso do craque recordista da NFL acusado de matar a esposa e uma migo. O livro foi escrito por Jeffrey Toobin, repórter que cobriu o julgamento para a revista New Yorker e, mesmo partindo do princípio que Simpson era culpado, o livro apresenta informações minuciosas que ajudam a desvendar por que O.J. foi inocentado naquele grande circo que virou seu julgamento. Um gigantesco evento da mídia global, acompanhado por mais de 20 milhões de espectadores – recorde superior à chegada do homem à Lua –, aquele foi um dos primeiros casos de tribunal a utilizar a moderna ciência forense como parte das evidências. Se hoje você curte CSI, acredite, tudo começou para valer no caso O.J. Este é o livro deu origem à série investigativa da FOX, "The People vs. OJ Simpson", com estreia marcada para 02 de fevereiro de 2016.


 

 EDITORA ARQUEIRO

Esses foram os primeiros livros da parceria com a Editora Arqueiro. Parceria, aliás, que fiquei mega feliz em ter conseguido porque é a mãe brasileira da minha saga favorita, A Crônica do Matador do Rei, e tem títulos que enchem meus olhos. Enfim, no grupo de Livros de Fantasia e Aventura - Skoob, o hype em cima de Caminho das Sombras tem sido grande. O autor, Brent Weeks, é elogiado também no Goodreads, então quando vi que poderia pedir para ler, pensei por que não? Trama, no entanto, foi uma obra que solicitei sem nem ter lido a sinopse, apenas por conta da capa. Ainda bem que as pessoas têm falado bem!
Caminho das Sombras: Para Durzo Blint, matar é uma arte... e ele é o artista mais talentoso da cidade. Temido por muitos, Durzo é uma lenda viva com as mãos manchadas de sangue e nenhuma culpa pelas vítimas que deixa pelo caminho.Esse mundo sombrio também não é novidade para o jovem Azoth. Sobrevivendo entre becos sujos, ele aprendeu que a esperança é uma piada. Pelas regras das guildas, crianças são agredidas e surradas todos os dias.Tentar contestar essa realidade seria um risco alto demais. Mas quando a morte se torna questão de tempo para ele e seus amigos, Azoth se vê forçado a vencer o medo e agarrar a chance de virar um derramador, um assassino. Ele precisa se tornar discípulo de Durzo Blint.Para ser aceito, o garoto abandona sua antiga vida e abraça uma nova identidade. Ao se tornar Kylar Stern, ele aprenderá a transitar no mundo dos nobres, sobreviver às magias de seus inimigos e cultivar uma amizade muito especial: a da escuridão.

 Trama: O sonho de Nels era ser cavaleiro do reino de Avërand. Filho obediente, ajudava como podia os moradores de sua pequena e tranquila aldeia. Querido por todos e tratado como herói, acreditava que logo seria selecionado como escudeiro da cavalaria.Mas isso foi antes de ser assassinado por uma figura misteriosa.Nels virou um fantasma, e agora só uma pessoa consegue vê-lo: a princesa Tyra, herdeira do reino e sua única esperança de entender o motivo do crime. A princípio, a jovem mimada não dá a menor confiança para o rapaz, mas, à medida que o mistério da morte dele vai se desenrolando, os dois percebem que têm em comum um segredo e um inimigo terrível, que pode se disfarçar de qualquer pessoa.Nels e Tyra não têm escolha. Precisam fugir do castelo, desbravar um mundo oculto repleto de magia e espectros sombrios e encontrar uma agulha, a relíquia capaz de remendar o que foi descosturado na Grande Tapeçaria. E o tempo corre contra eles, pois o fio de Nels está prestes a desaparecer para sempre.

 

 

TRILOGIA DO MAGO NEGRO – PRESENTE

A Trilogia do Mago Negrofoi um presentinho enviado pelo leitor e amigo Jefferson Alberto Ferreira. Quando ele ofereceu, perguntando se alguém queria, não acreditei não. Mas ele é um vovô legal e estava falando sério. Sorte a minha! Mesmo que muita gente fale mal dos livros, eu sempre fui curiosa para lê-los. Agora é mergulhar na história e descobrir de qual time farei parte, assim como Trilogia dos Espinhos.  

O Clã dos Magos: Todos os anos, os magos de Imardin reúnem-se para purificar as ruas da cidade dos pedintes, criminosos e vagabundos. Mestres das disciplinas de magia, sabem que ninguém pode opor-se a eles. No entanto, seu escudo protetor não é tão impenetrável quanto acreditam. Enquanto a multidão é expurgada da cidade, uma jovem garota de rua, furiosa com o tratamento dispensado pelas autoridades a sua família e amigos, atira uma pedra ao escudo protetor, colocando nisso toda a raiva que sente. Para o espanto de todos que testemunham a ação, a pedra atravessa sem dificuldades a barreira e deixa um dos mágicos inconsciente. Trata-se de um ato inconcebível, e o maior medo da Clã de repente se concretiza: uma maga não treinada está à solta pelas ruas. Ela deve ser encontrada, e rápido, antes que seus poderes fiquem fora de controle e destruam a todos.

A Aprendiz: Sozinha entre todos os aprendizes do Clã dos Magos, somente Sonea vem de uma classe menos privilegiada. No entanto, ela ganhou aliados poderosos, como Lorde Dannyl, recentemente promovido a Embaixador. Ele terá, agora, de partir para a corte de Elyne, deixando Sonea à mercê dos boatos maliciosos e mentirosos que seus inimigos continuam espalhando... até o Lorde Supremo entrar em cena. Entretanto, o preço do apoio de Akkarin é alto porque, em troca, Sonea deve proteger seus mistérios mais sombrios. Enquanto isso, a ordem que Dannyl está obedecendo, de buscar fatos sobre a longa pesquisa abandonada de Akkarin sobre o conhecimento mágico antigo, o está levando a uma extraordinária jornada, chegando cada vez mais perto de um futuro surpreendente e perigoso.

O Lorde Supremo: Na cidade de Imardin, onde aqueles que têm magia têm poder, uma jovem garota de rua, adotada pelo Clã dos Magos, se encontra no centro de uma terrível trama que pode destruir o mundo todo. Sonea aprendeu muito no Clã, e os outros aprendizes agora a tratam com um respeito relutante. No entanto, ela não pode esquecer o que viu na sala subterrânea do Lorde Supremo ou seu aviso de que o antigo inimigo do reino está crescendo em poder novamente. Conforme Sonea evolui no aprendizado, começa a duvidar da palavra do mestre de seu clã. Poderia a verdade ser tão aterrorizante quanto Akkarin afirma? Ou ele está tentando enganá-la para que Sonea o ajude em algum terrível esquema sombrio?" 


Ainda faltaram alguns livros que não chegaram, como por exemploExorcismo, da DarkSide Books, que já foram enviados. Eles deverão aparecer apenas no próximo post. Eu meio que já estou acostumada, porque morando aqui em Belém as coisas demoram o dobro (ou triplo) do tempo para chegar. Mas tudo bem. Imagina se chegassem todos os livros que deveriam esse mês? Eu estaria afogada, provavelmente.
Ah, os únicos "livros" que comprei esse ano até agora foram as duas hqs abaixo. Estavam apenas 10 reais e eu não resisti. Amei De Volta ao Lar, mas Coringa, apesar da história bacana, tem um estilo de arte que não me agradou.






Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

Daenerys Targaryen não é imune ao fogo (e porque mostrar o contrário chateou alguns fãs)

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Daenerys Targaryen não é imune ao fogo.


Daenerys the Unburnt by Michael Komarck. Acima você vê uma exceção longe de ser regra.

Isso foi deixado claro por Martin não apenas uma vez, mas duas, em entrevistas distintas – uma em 1999 e outra em 2003. O que ele afirmou foi: os Targaryen podem suportar um pouquinho mais de calor do que a maioria das pessoas, o que de forma alguma torna Daenerys ou qualquer outro da linhagem imune às chamas. Alguns fãs tentaram usar o argumento do nascimento dos dragões, mas esse foi um evento que Martin declarou como milagroso e exceção. Outros dizem que na Arena de Daznak ela demonstrou novamente sua imunidade ao fogo quando encarou Drogon e não foi carbonizada... No entanto, se você ler atentamente, verá que ela mergulhou embaixo das chamas. Mais tarde, além dos cabelos queimados, ela também fala sobre bolhas que apareceram em suas mãos – se Dany é realmente imune, por que as bolhas surgiram? Ademais, quanto ao couro cabeludo que não foi atingido: uma pessoa normal teria sido queimada sim, mas estamos falando de uma Targaryen, ou seja, alguém que tem maior tolerância ao calor do fogo. Faz sentido ela não ter sido afetada no couro cabeludo, especialmente se o contato foi breve.


– Não – gritou, agitando o chicote com toda a força que tinha. O dragão lançou a cabeça para trás. – Não – ela gritou novamente. – NÃO! – As farpas arranharam o focinho do animal. Drogon se ergueu, suas asas cobrindo-a com sombras. Dany bateu com o chicote na barriga dele, uma vez após outra, até que seu braço começou a doer. O longo pescoço de serpente do dragão parecia um arco. Com um shiiiiiiiissssss, cuspiu fogo negro sobre ela. Dany correu embaixo das chamas, agitando o chicote e gritando. – Não, não, não. Para BAIXO!

Sua pele estava rosada e macia, e um claro líquido leitoso vazava das rachaduras nas palmas, mas as queimaduras estavam sarando.


Se o criador da saga disse que Daenerys não é imune às chamas, bem como nem um Targaryen, é porque ela de fato não é. A não ser que Martin tenha mudado de ideia no decorrer do processo de escrita de Winds of Winter, o que significa de uma vez por todas endeusar a personagem não apenas na adaptação, mas também nos livros. Até que ele afirme o contrário, no entanto, continuamos acreditando que a última cena do episódio de domingo foi puro fanservice por parte da HBO – o que não devemos condenar, pois a maior preocupação deles nunca foi a fidelidade e sim a grana. O que vende mais? O que agrada a maioria, óbvio.

O que vende mais: Daenerys morrendo e alucinando no Mar Verde ou matando khals, queimando tudo e saindo ilesa das chamas?
Para termos certeza sobre a inexistência da imunidade, basta olhar um pouquinho para trás na linhagem Targaryen. Rhaenyra Targaryen, por exemplo, foi entregue ao próprio dragão para ser devorada. Sunfyre cuspiu fogo nela e a devorou em seguida – o que coloca em xeque a suposta ligação psíquico-mística entre dragão e “cavaleiro”. Rhaenys foi encontrada tão carbonizada após a Dança dos Dragões que suas feições estavam irreconhecíveis. Se a conversa da imunidade ao fogo possuísse qualquer procedência, ambas não teriam morrido assim.

Rhaenyra is eaten by Sunfyre, artista desconhecido.

Por que alguns leitores estão tão incomodados com a cena final do episódio 4 da season 6?


Sim, nós compreendemos que série é série e livro é livro. Não, não vamos nos poupar ao trabalho de ligar a TV nos domingos e acompanhar apenas os livros. Somos tão fãs quanto vocês e temos o direito e livre arbítrio de escolher assistir ou não, bem como podemos expressar nossa opinião e descontentamento. Se você gostou, parabéns. Fico realmente feliz que possa deleitar-se com a série. Eu também gosto de alguns momentos, por isso a acompanho metodicamente. Mas não vou deixar de opinar de forma sincera sobre algo que acho que está errado ou poderia ser melhor.
Para quem não sabe, Game of Thrones é uma adaptação supostamente BASEADA em As Crônicas de Gelo e Fogo. Basear significa dizer que ela é apoiada na saga, que tem fundamento nela, que todo seu raciocínio deveria ser pautado no que Martin escreveu. Tudo bem, não tem como ser fiel a tudo, mas uma coisa é você tirar a Daenerys da miséria do último livro e realocá-la, outra é você alterar completamente um fato corroborado pelo autor, com precedentes históricos criados minuciosamente para afirmá-lo, e que a gente nem sabe se pode ser decisivo para o final da saga. Theon Greyjoy, por exemplo, pertencente à família mais “sou macho” de toda Westeros, perdeu o seu símbolo máximo de masculinidade – o pênis; Sansa Stark, outrora tão orgulhosa e soberba por ser nobre, por um momento viveu como bastarda... Há outras ironias assim na saga toda. Quem nos garante que o fim de Daenerys Targaryen não está nas chamas? E aqui peço para que você pense de modo racional, não com um fã alucinado da Dany que não quer aceitar quaisquer argumentos contrários e só se limita a dizer “aceita que dói menos” – espero mais do que isso dos meus leitores, aliás. Você tem de admitir que há a possibilidade de Martin tirar Dany da jogada do modo mais irônico possível: morta pelo fogo. Talvez de Drogon.

Vamos fazer uma vaquinha e enviar aos produtores? Parece uma saga legal. Talvez eles gostem.
Então, voltando ao fato de a série ser BASEADA nos livros, D&D aparentemente não sabem o que a palavra significa. Eles vendem-na como se estivessem se baseando na saga de Martin, mas na verdade estão apenas levemente inspirados, sendo influenciados de modo bem vago pela trama original. Eles têm esse direito? Têm sim. Essa é a beleza de se viver no século XXI: eles podem fazer o que bem entenderem, uma porcentagem dos telespectadores pode amar e exaltar isso, e outra parte pode sim odiar e reclamar bastante. Viva!
Ah, isso porque eu nem comecei a falar sobre o quanto o núcleo de Tyrion está desinteressante e suas frases memoráveis, decadentes. Parece que ocupar o topo da pirâmide de Meereen causa um efeito colateral: um fluxo interminável de frases de efeito descartáveis. Rezo para que a série logo termine com a HBO colocando Jon Snow, Tyrion e Daenerys em King’s Landing, pois se nos livros a delícia está na incerteza do futuro dos personagens, a série já deixou muito bem claro qual será o seu final. 

O Tyrion de Martin pode fazer melhor do que isso... (Crédito).
Aliás, apenas me prevenindo: antes que você diga que “Martin aprova a série” e que “nada é filmado sem o consentimento dele”, deixo aqui um trecho de um post do autor que demonstra que ele ligou o tanto faz, só me deem o dinheiro para a adaptação:

Eu não posso controlar o que mais ninguém diz ou faz, ou fazê-los parar de dizer ou fazer. (...) O que eu posso controlar é o que acontece nos meus livros.

Há esperança.




Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

Paraíso Perdido – Filhos do Éden, livro III || Folheando

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No princípio, Deus criou a luz, as galáxias e os seres vivos, partindo em seguida para o eterno descanso. Os arcanjos tomaram o controle do céu, e os sentinelas, um coro inferior de alados, assumiram a província da terra. Relegados ao paraíso, ordenados a servir, não a governar, os arcanjos invejaram a espécie humana, então Lúcifer, a Estrela da Manhã, convenceu seu irmão — Miguel, o Príncipe dos Anjos — a destruir cada homem e cada mulher no planeta. Os sentinelas se opuseram a eles, foram perseguidos e seu líder, Metatron, arrastado à prisão, para de lá finalmente escapar, agora que o Apocalipse se anuncia. Dos calabouços celestes surgiu o boato de que, enlouquecido, ele traçara um plano secreto, descobrindo um jeito de retomar seu santuário perdido, tornando-se o único e soberano deus sobre o mundo. Antes da Batalha do Armagedon, antes que o sétimo dia encontre seu fim, dois antigos aliados, Lúcifer e Miguel, atuais adversários, se deparam com uma nova ameaça — uma que já consideravam vencida: a perpétua luta entre o sagrado e o profano, entre os arcanjos e os sentinelas, que novamente, e pela última vez, se baterão pelo domínio da terra, agora e para sempre. 

Paraíso Perdido || Livro 3 de Filhos do Éden || Eduardo Spohr || Verus Editora || Brochura || 560 páginas || Compare os preços.


Contém spoilers do livro Anjos da Morte.


Eis o capítulo final da saga Filhos do Éden, onde todas as perguntas terão suas respostas e onde uma enormidade de plot-twists irão ocorrer.

O que eu quero dizer é que a luta contra as trevas não é exclusiva dos anjos, dos heróis ou dos deuses. Essa batalha é universal, verdadeira e constante. Do mesmo modo que nós, no céu, em Asgard ou no inferno, enfrentamos dragões e demônios, duelamos contra ogros, raptores e ecaloths, os homens também travam seus próprios combates, lutas tão ou mais perigosas, que exigem igual dose de coragem. Os heróis não existem apenas nas lendas, nas páginas dos livros ou nas telas de cinema. O problema é que a maioria só enxerga essas coisas quando é tarde demais, quando é lançada à aventura, muitas vezes contra vontade, como eu fui, como você foi, como minha mãe foi. E nenhuma dessas jornadas é menos importante, menos difícil ou menos heroica.

Vale ressaltar que o livro é divido em três partes. Na primeira, a história continua logo após o fim de Anjos da Morte, onde Kaira mergulha no rio Oceanus (este rio conecta diversas dimensões) para tentar encontrar Denyel. Ela, junto com Urakin, acaba sendo levada a Asgard, porém Ismael desaparece. Como é mostrado no fim de Anjos da Morte, Denyel também fora transportado para lá.
Depois de acordar, Kaira, ainda desorientada pela viagem, acaba sendo surpreendida por diversos ogros. Ela e Urakin estavam claramente em desvantagem, quando (adivinhem só?!) Denyel, junto com um esquadrão de Valquírias, os resgata. Após o ocorrido, Kaira vê que seu amigo está mudado. Após uma conversa com Sif, Cabelos de Trigo, o grupo descobre que não há um jeito de retornar à Haled. O único modo seria por Bifrost, mas a fortaleza onde ela se encontra fora tomada pelo líder dos gigantes, Thrymr. Durante a invasão à fortaleza, o operador da ponte, Heimdall também foi capturado e preso. 
Então, o primeiro terço do livro é focado na busca do grupo por meios de tomar a fortaleza e assim, conseguir retornar à Terra.

É nessas horas que um guerreiro percebe que seu único elo com o mundo são os comparsas, os companheiros que lutam a seu lado, e entende que não há nada mais importante que isso, que o Universo é um delírio, um sonho uma paisagem encardida, se não houver os amigos.


Na segunda parte, iremos seguir Ablon (protagonista da Batalha do Apocalipse) e Ishtar, em uma missão anterior ao grande dilúvio. Essa missão era de derrotar os últimos sentinelas. A Terra antes do cataclisma era diferente do que é hoje, “dois tipos” de humanos existiam, os atlantes e os enoquianos. Também mostra o que levou Ablon a se opor a tirania dos Arcanjos.
Nesse terço, Spohr aproveitou para criar personagens que serão importantes para o desfecho da história. Aqui, pude comprovar minhas dúvidas em relação as referências à H.P. Lovecraft, que já apareceram no segundo livro, mas de forma discreta. Nesse terceiro livro, existem mais referências e essas são bem mais claras. Em certo ponto da história, ele chega a uma espécie de peixes humanoides que eram servos de Dagon.

Eis mais um indício, ele pensou, uma prova de que ninguém, por mais poderoso que seja, é uma ilha, um organismo autônomo. Somos todos parte de uma trama, de uma rede cósmica invisível e energética que compõe o universo, e devemos nos conectar a ela.

Por fim, a terceira e última parte (a melhor na minha opinião) dá continuidade à história principal, onde diversas revelações são feitas e é onde os plot-twists ocorrem (sério, é muita coisa que vai fazer sua cabeça explodir)! O autor também aproveitou para introduzir a mitologia grega e a celta. As duas foram bem desenvolvidas, mas não chegaram a interferir tanto na história como a nórdica.
Então, agora que já fiz um breve apanhado da história, vamos às considerações finais...



Confesso que acabei me decepcionando um pouco com o início do livro, eu tinha quase certeza que, após o final de Anjos da Morte (onde Denyel acorda em Asgard) iriam-se abrir praticamente infinitas possiblidades de histórias para a trama, afinal, se a mitologia nórdica foi introduzida abruptamente, o que impediria o autor de inserir outras diversas mitologias, apenas para encher lingüiça? Até certo momento (e coloquem quase 200 páginas nisso), foi exatamente o que eu estava sentindo, toda a parte do “resgate” e da tentativa de retornar a Haled pareciam apenas uma dificuldade a mais, imposta pelo autor, apenas para “ganhar tempo”, este recurso é muito usado nas mesas de RPG, onde Eduardo já confirmou que serviram de inspiração para a trilogia. Apesar de todo o receio quanto a introdução da mitologia nórdica, ela é fundamental para o desfecho da história.


Pobres homens. Tolos, surdos e ignorantes, arraigados a uma tradição, incapazes de escutar o que transcendia a ela, impossibilitados de alcançar a verdade.

Com o tempo, acabei me apegando aos novos personagens e me acostumando aos nomes impronunciáveis (sim, são MUITOS nomes que eu não faço a mínima ideia de como pronunciar hahaha) e vi que eu estava procurando por uma narrativa mais pesada, tal qual a do segundo livro. O que de fato não faz parte da identidade da série, se você analisá-la por completo. O ritmo desse livro é bastante parecido com Herdeiros de Atlântida, onde acompanhamos nossos queridos personagens numa história em ritmo de aventura.
Um ponto positivo são as batalhas, as descrições são muito boas, Eduardo consegue explorar diversos sentidos durantes as lutas, desde a visão, até o olfato e a audição. Elas não tão grandiosas como as da Batalha do Apocalipse, mas certamente estão épicas!

"Era o que eu mais temia”, falara-lhe outro, numa cama de hospital. “Quem dera eu pudesse continuar combatendo.” E eles estavam certos, à sua maneira. Quem não quer viver, no fim das contas? Somos soldados, divagou. Todos nós. Soldados. E a vida é uma guerra. Vencer ou perder não importa. O que vale é lutar.”

As descrições e a narrativa seguem muito boas, como durante toda a série. Vale ressaltar que o autor conseguiu desenvolver muito bem os novos personagens a ponto de você achar que eles estão lá desde o início.

O mundo, reparou a Centelha, quando encarado a partir da órbita, não diferia tanto do mesmo planeta avistado milhões de anos antes. De cima, ontem e hoje, não se viam divisões políticas, não se enxergavam nações ou países, apenas a Terra, nua e crua, sem fronteiras culturais, como era e sempre fora ao longo dos séculos.

Mas para mim, o ponto mais alto fica para a qualidade da escrita. Eduardo Spohr está em seu auge (tomara que isso não seja verdade e que ele esteja sempre melhorando hehe), existem passagens no livro que me fizeram refletir sobre diversos conceitos, não só relacionados a mim, mas pela humanidade como um todo.

Na Haled (plano físico terrestre), nada é perfeitamente claro ou perfeitamente escuro, como se sucede em outros planos de existência. Aqui, a dualidade está presente em tudo, e são dois aspectos que se completam – não há dia sem noite, vida sem morte ou bem sem mal.

Por fim, posso dizer que o autor conseguiu dar um excelente desfecho para a trilogia. Tudo se encaixa de maneira magistral (temos até uma pequena revelação quanto À Batalha do Apocalipse), existem sim algumas perguntas sem respostas, mas Spohr disse que foi proposital, afinal, cada pessoa pode ter tido uma interpretação diferente sobre a história. Paraíso Perdido pode não ter superado Anjos da Morte, mas ainda assim é um excelente livro.
Sobre a edição: o livro mantém a qualidade de diagramação e gramatura do papel idêntica a dos outros livros da trilogia. A arte de capa é mais uma vez muito bonita e nos mostra uma cena que ocorre durante a história.




Me chamo Rafael, mas pode me chamar de Rafa. Tenho 17 anos e pretendo ser jornalista. Tento conciliar as leituras, sessões de RPG e as infinitas séries de TV que tento acompanhar com o corre-corre do dia-a-dia. Meus livros favoritos são, basicamente, a trilogia do Senhor dos Anéis e Jurassic Park, esses dois moram no fundo do meu coração. Mas séries já é diferente, várias estão disputando uma vaga entre as favoritas, posso citar Black Sails, Black Mirror, Breaking Bad, Game of Thrones, Sherlock e Vikings. Atualmente estou escrevendo um livro de fantasia, vamos ver no que vai dar...

O paradoxo temporal de Bran Stark

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Hold the door!


Se detestei o episódio da semana passada de Game of Thrones, inclusive escrevi um post sobre que dividiu opiniões e rendeu alguns xingamentos Facebook adentro, The Door veio para redimir a HBO – pelo menos da decepção com o episódio anterior. Mesmo que como um todo não tenha sido excelente, valeu a pena só pelo núcleo de Bran. Arya, Sansa e Jon, as Ilhas de Ferro: tudo passou despercebido diante da importância do que assistimos hoje envolvendo o mais poderoso warg de que se tem conhecimento. Duas palavras: paradoxo temporal.
Para quem não sabe, paradoxo temporal é um fenômeno em que alguém viaja no tempo, mais precisamente ao passado, e acaba por interferir nos acontecimentos daquela época, de modo a criar um evento contraditório mas totalmente lógico. Você pode saber um pouquinho mais sobre os tipos de paradoxos existentes clicando aqui.

E então, o que aconteceu no episódio de hoje? Vamos focar no núcleo de Bran porque definitivamente foi o melhor da temporada até agora. A primeira visão que o Stark tem envolve da criação de um white walker, talvez o primeiro – e provavelmente o Rei da Noite. Os responsáveis? Os Filhos da Floresta. Uma delas, que está na caverna e foi a responsável por fincar a pedra (obsidiana?) no peito do homem no passado, diz que fizeram aquilo para se defender dos primeiros homens. Então os caminhantes brancos foram criados a partir de seres humanos para derrotarem seres humanos, mas em algum momento dessa linha temporal voltaram-se contra seus criadores e todas as coisas vivas de modo geral.

Em sua segunda visão no episódio, Bran vê o exército dos mortos-vivos e o próprio Rei da Noite em si, que toca em seu braço e ali deixa uma marca. Mesmo depois que acorda aos berros, os dedos da criatura estão bem visíveis. Bloodraven pergunta a Bran se ele foi tocado e, após desviar da pergunta, o garoto admite que sim. O vidente é categórico: não há escapatória para Bran agora que foi marcado. Chegou a hora do Stark assumir o posto do Bloodraven, ainda que não está pronto. Precisa fugir. 

Quando o episódio retorna mais uma vez para o núcleo de Bran, ele e Bloodraven estão no passado revisitando Winterfell. No presente, Meera tem o pressentimento de que algo está errado e corre para fora da caverna. Filhos da Floresta estão ali e, atônitos, todos observam o Rei da Noite e seu exército a perder de vista. Meera retorna para o interior da caverna e começa sua árdua e desesperada jornada de acordar Bran. Os Filhos da Floresta tentam atrasar o exército, acendendo um arco de fogo ao redor da entrada da caverna, mas não conseguem deter o Rei da Noite e seus três companheiros, que passam pelas chamas sem sofrer qualquer dano.
A luta acomete a caverna. Filhos da Floresta morrem e são mortos. Meera sacode Bran, Hodor está encolhido em um canto e apavorado, Summer dá o seu melhor para proteger o “dono”. Meera finalmente consegue se fazer ouvir, em gritos desumanos e desesperados, através da visão de Bran. E ali, tantos anos distante, o Stark ouve que precisa acordar e wargar Hodor.

O que acontece em seguida é: Bran não acorda (seu maior erro). Wyllis (Walder nos livros) está ali, anos mais novo, em sua visão. O Stark o encara e de alguma forma consegue wargar no Hodor do futuro. Então sim, o garoto está controlando o gigante do passado, lá de sua visão. Através de Hodor, Bran ergue o próprio corpo e junto com Meera e a Filha da Floresta, os quatro fogem pela caverna em direção a uma porta no final do túnel.
Summer fica para trás? Sim, com certeza. E desse modo nos restam apenas dois lobos, assumindo que Shaggy Dog realmente tenha sido morto. Foi a primeira vez que chorei assistindo Game of Thrones porque a cena em si já colabora para deixar você apreensivo, e então Summer, tão leal, fica para trás e tenta conter os mortos-vivos que querem matar o seu Bran. Ele é despedaçado e enquanto acompanha a fuga dos outros, você fica apenas com o ganido sofrido do lobo. Ah, o  Bloodraven é morto, obviamente, pois ele não tem como se mover e fica para trás. 

A Filha da Floresta também se sacrifica para atrasar os perseguidores, agindo como uma mulher-bomba, levando consigo dezenas deles que lotavam o túnel. Quando enfim alcançam a porta e conseguem sair, Meera prossegue na fuga arrastando Bran consigo. Hodor fica para trás segurando a porta. A última coisa por Meera, “Hold the door”, reflete tantos anos no passado, causando um trauma irreversível no jovem e saudável Wyllis.
Bran ainda está em sua visão quando a versão mais nova de Hodor cai e se contrai em espasmos enquanto repete “Hold the door” incessantemente. Tanto o faz que em determinados momentos podemos ouvir “Hodor”. O tempo todo, então, o gigante esteve reproduzindo a última frase que ouviria em vida. E a culpa de ele ser como é recai sobre as costas de Bran, que utilizou-se da figura de Hodor mais jovem para assumir controle do corpo dele no futuro. Paradoxo temporal. E uma demonstração do quão poderoso Bran Stark é – talvez possa vir a ser ainda mais.


Levando em conta essa poderosa influência que Bran tem em suas visões, permitindo inclusive que ele interaja com quem está no passado, a teoria recentemente difundida de que o Stark poderia ser o motivo do enlouquecimento do Rei Louco se torna perfeitamente plausível na série.
Aerys II Targaryen, o último da Casa Targaryen a se sentar no Trono de Ferro, foi o responsável por uma série de atrocidades durante o seu reinado, incluindo a morte de Rickard Stark e Brandon Stark, avô e tio de Bran, respectivamente. Poderia Bran ter tido alguma visão envolvendo o Rei Louco e, tendo consciência de sua capacidade de interagir com o passado, tentado convencê-lo a não matar ambos os Stark? Bran, ainda muito jovem e imaturo, pode ter causado não só a loucura do rei, mas também a morte de seus ascendentes, de certo modo. Afinal, não se dizia que Aerys ouvia muitos sussurros quando estava enlouquecendo? Não poderiam esses serem do próprio Bran?
The Mad King.
Enfim, essa foi uma teoria recentemente divulgada por um usuário do Reddit que pelo menos na série se tornou uma possibilidade. Um garoto sem qualquer responsabilidade e inconsciente do poder que detém nas mãos, através de suas visões, pode estar envolvido nos acontecimentos mais catastróficos de Westeros. Não sabemos se essa será uma linha adotada por George R. R. Martin nos livros, mas se for, eu não reclamarei.
Vamos fantasiar um pouquinho: será que Bran em algum momento voltará ao passado para impedir a si mesmo de fazer algo, como por exemplo obedecer a mãe? Isso estaria dentro do Paradoxo da Duplicação no link que mencionei lá em cima, quando o viajante retorna, encontra-se consigo mesmo e de algum modo impede que a sua versão do passado viaje no tempo, alterando a própria história e criando uma duplicata permanente...
Não sei se essa é a intenção de Martin, mas de repente nos vemos mesclando a fantasia medieval com uma vertente da ficção científica e eu estou achando isso genial. Com certeza é um spoiler dos livros. Não consigo imaginar outra mente criando um plot tão mindfuck quanto o Martin.
Agora dedico essa postagem a Summer e Hodor. Descansem em paz. Foram personagens que eu não sabia que adorava tanto até que morressem. Não consigo encontrar palavras para expressar o que eu sinto com o que aconteceu com o Hodor. Summer, cuja morte achei desnecessária, provou sua lealdade a Bran quando ficou para trás. Agora aguardemos os próximos capítulos. E acrescentemos mais dois personagens cuja morte nos afetou à listinha interminável e sofrível que todo fã de Game of Thrones e As Crônicas de Gelo e Fogo carrega consigo.






Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

Game of Thrones: o primeiro spoiler dos próximos livros foi oficialmente liberado

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Não foram poucas as pessoas que duvidaram que a solução do mistério de Hodor exibida no último episódio seria algo apenas da série, criado pelos roteiristas, e que Martin não tinha nada a ver. Falando por mim, nunca duvidei de que o Velhinho estivesse por trás de tudo. Inclusive falei no último post que é um plot mindfuck que só consigo imaginar vindo da cabeça de Martin...
O artigo abaixo, que alguns leitores viram e pediram para traduzir (lembrem-se que não sou especialista), comprova foi tudo ideia do nosso Sor Vovô. A cena, afinal de contas, nos partiu em um milhão de pedacinhos – e não há nada mais Martin do que detonar seu psicológico com a morte de um personagem incrível. Como duvidaram que veio dele?

George Martin aprovou aquela morte impactante


Traduzido do Fansided
Muito tem se comentado sobre o “desvio” de Game of Thrones em relação ao material original, As Crônicas de Gelo e Fogo, de George R. R. Martin. Agora então a discórdia aumentou, pois a série já ultrapassou o último livro publicado até o momento. No entanto, no Inside the Episode relativo ao quinto episódio exibido ontem, The Door, os roteiristas David Benioff e D.B. Weiss confirmaram que a explicação para Hodor dizer constantemente o próprio “nome” veio diretamente de Martin.
Nós tivemos uma reunião com George Martin, onde tentamos obter o máximo de informações possível dele, e provavelmente a revelação mais chocante que ele nos fez foi quando contou a origem de Hodor e como esse nome surgiu. Só lembro de Dan e eu olhando um para o outro quando ele nos contou isso e ficamos tipo: put* merda.

Sim, essa é uma reação muito digna diante da revelação de que “Hodor” é o resultado de um loop temporal provocado pelas habilidades de Bran ao viajar no tempo. De fato, a presença do Stark no passado enquanto está wargando Hodor foi o suficiente para criar uma conexão com o jovem Hodor e causar aquelas consequências que vimos. Wyllis (Walder nos livros) ficou repetindo constantemente “hold the door”, uma ordem de Meera no futuro, até que a frase se transformou em “Hodor”. É complexo, nós sabemos disso.
Weiss também observou que a cena inteira é extremamente "de partir o coração", e, a julgar pela reação no Twitter, os telespectadores concordam.
Bem, fãs, finalmente descobrimos o que “Hodor” significa. Só não queria que a descoberta viesse acompanhada de uma das mortes mais tristes de Game of Thrones.




Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

1º Encontro Literário Virtual Me Livrando: mais de 50 prêmios!

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O 1° Encontro Literário Virtual Me Livrando é um evento que tem como objetivo falar sobre livros: apresentar novos livros, promover um bate-papo com autores e sortear muitos prêmios.

Anote aí: dia 25 de junho de 10:45 às 23:59. Clique aqui para participar.


Como o próprio nome diz, será um encontro online, portanto criamos um evento no Facebook cujo link você encontra acima. Todas as interações e postagens acontecerão lá. Para participar, basta que você marque as opções comparecerei ou tenho interesse e, claro, que esteja presente no dia. É imprescindível que uma das opções seja marcada, pois assim teremos um controle do número de participantes e o Facebook enviará um lembrete a você quando o evento começar.

Como funciona?

Essa é a nossa grade de horários:
10:45/11:00 - Abertura Blog Me Livrando
11:00/12:00 - Charles Kruger
12:00/13:00 - Editora a ser confirmada
13:00/14:00 - Rodrigo Assis Mesquita
14:00/15:00 - Marcus Vinícius
15:00/16:00 - Editora DarkSide Books
16:00/17:00 - Caroline Defanti
17:00/18:00 - Peterson Rodrigues
18:00/19:00 - Editora Évora
19:00/20:00 - Thais Lopes
20:00/21:00 - João Beraldo
21:00/22:00 - Editora a ser confirmada
22:00/23:00 - Janayna Bianchi Pin
23:00/00:00 - Fechamento Blog Me Livrando.
São 8 autores, 4 editoras e 1 blog participantes. Cada autor tem o tempo de 1 hora no evento e usará esse tempo para falar sobre seu(s) livro(s), conversar com os leitores, esclarecer dúvidas e realizar brincadeiras com premiações. Cada editora também tem 1 hora e utilizará esse tempo para falar sobre seus lançamentos e realizar brincadeiras, as editoras serão representadas por um colaborador do blog. 
Entre os prêmios, têm exemplares físicos, e-books, marcadores, marcadores personalizados, bóttons, pingentes, cartas, canecas, etc. Os prêmios serão distribuídos através de diversos tipos de brincadeiras: sorteios, adivinhação, criatividade, rapidez, etc. Para concorrer basta responder as brincadeiras e/ou seguir as instruções presentes nelas.

Livros que serão comentados no evento.

Participações especiais

Além dos autores que possuem um horário no evento, teremos outros 13 autores fazendo uma participação especial: Renan Bernardo, Thiago D’Evecque, Vilson Gonçalves, Thiago Lee, Tatiane Durães, Luisa Soresini, Ariel Ayres, Alecio Miari, Juliana Leite, Kátia Regina Souza, Amanda Ághata Costa, Raphael Miguel e Atlas Moniz.
E, como prêmios nunca são demais, CADA PARTICIPAÇÃO ESPECIAL terá um SORTEIO EXTRA!!

Livros que serão comentados nas participações especiais.

Não poderei participar o dia todo, o que eu faço?

Caso você não possa ficar online durante todo o evento ou mesmo não possa participar no dia, fique tranqüilo, você ainda poderá participar de muitas brincadeiras e concorrer a muitos prêmios. Foi combinado com todos os autores e a maioria das brincadeiras poderá ser respondida pelo menos até o dia 27 de junho.

Sorteio especial

Prêmios do sorteio especial.

Mais de 50 prêmios é o bastante?? NÃÃÃÃÃO!! Então, além de todos esses prêmios, nós ainda teremos um SORTEIO ESPECIAL valendo um SUPER PRÊMIO!!
- Pingente de Thystium
- 1 exemplar Império de Diamante
- Caneca Horror na Colina Darrington
- 1 exemplar Irmandade de Copra (1 ou 2, à escolha do ganhador)
- E-book Brasil Cyberpunk 1 e 2 + marcadores
- 1 exemplar Lobo de Rua + marcadores + carta do Minotauro
- Conto inédito e surpresa do Charles Kruger (e-book)
- Colar de Vigilante + kit de marcadores
- Kit 5 marcadores artesanais
- Kit 10 marcadores diversos
Sim, tudo isso é um único prêmio, que um sortudo levará para casa. Para participar é muito fácil, existem 4 maneiras de ganhar números no sorteio:
1. Participação:
Participando do evento e comentando o post intitulado SORTEIO ESPECIAL (que será postado apenas no dia do evento) você já ganha 1 número.
2. Convidando amigos:
Por cada amigo convidado e que participar do evento você ganhará 1 número extra.
No dia do evento será feito um post intitulado SORTEIO ESPECIAL. Cada participante terá que comentar 1 única vez marcando o amigo por quem foi convidado. Cada participante ganhará 1 número pelo comentário e +1 número toda vez que for citado no comentário de alguém, ou seja, se você convidar 100 amigos que participarem do evento, terá 100 chances extras nesse sorteio!
Mas, atenção: utilize a opção “Convidar amigos” presente no evento, essa é a única maneira de provar que o convite for feito por você.

Como convidar amigos.
 
3. Compartilhando esse post:
Você deve compartilhar esse post (o post do blog) no seu Facebook e comentar com um print ou link do compartilhamento no POST OFICIAL – COMPARTILHAMENTO (clique aqui). O compartilhamento só será válido até o dia 25 de junho. Cumprindo essa tarefa você ganha 1 número extra no SORTEIO ESPECIAL.

4. Plaquinha:
a) Tire uma foto com uma plaquinha ESCRITA À MÃO OU DIGITADA em que esteja escrito "1º Encontro Literário Virtual Me Livrando: eu vou!";
b) Na foto você também deve estar com um livro que goste;
c) Sua cara não precisa aparecer :p;
d) Poste em qualquer rede social SEM ESQUECER AS HASHTAGS #MeLivrando #EncontroLiterário #EUVOU;
e) Comente no POST OFICIAL - PLAQUINHA (clique aqui) com um print ou link de sua publicação;
f) A plaquinha NÃO PODE SER INSERIDA DIGITALMENTE.
Serão válidas apenas plaquinhas publicadas até o dia 25 de junho. Qualquer um que cumpra essa tarefa ganhará 1 número extra no SORTEIO ESPECIAL e se a sua plaquinha for uma das 10 escolhidas como mais bonitas/criativas do evento, você ganhará não 1, mas 2 números extras.
*Todos os links necessários para ganhar números no SORTEIO ESPECIAL serão postados em uma publicação que será fixada no topo do evento.

 

E agora? Têm prêmios o bastante?

 

Não?? Então fico feliz e dizer que já tem um sorteio rolando por lá.
Para participar basta ter selecionado a opção “tenho interesse” ou “comparecerei” e comentar neste post. E tem mais: toda vez que completarmos uma meta terá sorteio novo. A próxima meta é de 750 interessados no evento.
Espero que vocês estejam tão animados quanto eu para o dia do evento =D

Já tem sorteio rolando!

** O responsável pelo envio dos prêmios será quem os cedeu.
*** O blog, editoras ou autores não se responsabilizam por extravio dos Correios.



Alexia é uma arcanista plena que conhece muitos nomes, é capaz de chamar o raio e o trovão. Normalmente usa suas habilidades para combater crituras das trevas como orcs e trolls, mas no momento está muito ocupada com seus três dragões em fase de crescimento - eles dão realmente muito trabalho. Nas horas vagas ela gosta de cozinhar, dançar e às vezes consegue arrumar um tempo para o namorado.

Crônicas de Amor e Ódio I: The Kiss of Deception

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Quando se vê refugiada em um pequeno vilarejo distante – o lugar perfeito para recomeçar – ela procura ser uma pessoa comum, se estabelecendo como garçonete, e escondendo sua vida de realeza.O que Lia não sabe, ao conhecer dois misteriosos rapazes recém-chegados ao vilarejo, é que um deles é o príncipe que fora abandonado e está desesperadamente à sua procura, e o outro, um assassino frio e sedutor enviado para dar um fim à sua breve vida. Lia se encontrará perante traições e segredos que vão desvendar um novo mundo ao seu redor.

The Kiss of Deception || Livro 1 de Crônicas de Amor e Ódio || Mary E. Pearson || Tradução de Ana Death Duarte || DarkSide Books || Capa dura || 406 páginas || Compare os preços. || Livro cedido em parceria com a editora.


O livro conta a história de Arabella Celestine Idris JezeliaLia–, a Primeira Filha da Casa de Morringhan, que está prestes a se casar com um completo desconhecido para firmar uma aliança política.  
Estremeci só de pensar em mãos velhas e ossudas acariciando minha bochecha, ou lábios ressequidos encontrando-se com os meus. Mantive o olhar contemplativo fixo janela a fora, mas nada vi além do vidro.
- Eu não poderia ao menos tê-lo inspecionado primeiro?Minha mãe, que me envolvia com os braços, deixou-os cair.
- Inspecionar um príncipe? Nossa relação com Dalbreck já é tênue, na melhor das hipóteses. Você queria que insultássemos o reino deles no momento em que Morringhan está nutrindo a esperança de criar uma aliança crucial?
- Eu não sou um soldado no exército de meu pai.
Minha mãe se aproximou de mim, esfregou minha bochecha com a mão, e disse, em um sussurro:
- Sim, minha querida. Você é.

Lia não estava feliz de se casar com alguém que ela sequer viu e, no dia antes do casamento, combina com sua amiga Pauline uma fuga. E assim, enquanto todos esperam a noiva entrar na igreja, Lia – em seu vestido de noiva – e sua amiga estão no lombo de corcéis, matando mil sonhos, e dando vida a um.
O Príncipe Herdeiro de Dalbreck, depois de ser abandonado no altar, com seu orgulho ferido e uma genuína curiosidade de saber quem era a mulher capaz de fazer isso com ele, decide ir atrás da princesa e lhe falar “algumas verdades”. Além dele, outro homem vai atrás da princesa, um assassino contratado por Venda – o reino inimigo –, com objetivo de matá-la e acabar de vez com qualquer possibilidade de aliança entre Morringhan e Dalbreck.  
Depois de semanas fugindo, dormindo ao relento e tentando despistar possíveis perseguidores, Lia e Pauline chegam ao distante vilarejo de Terravin e começam a trabalhar como garçonetes na pousada e restaurante de Berdi– alguém do passado de Pauline. E, embora Lia tivesse bastante dificuldade com as tarefas no início, ela descobriu que aquela vida simples a fazia imensamente feliz.
Embora eu tivesse adquirido habilidade de varrer com grande facilidade, outras tarefas se mostraram mais desafiadoras. Eu tinha visto moças na cidadela virando os barris de lavar roupa com apenas uma das mãos. Achei que fosse uma tarefa fácil. Na primeira vez que tentei, girei o barril e acabei ficando com a cara cheia de água suja com sabão, porque tinha me esquecido de prender o ferrolho. Pauline fez o melhor que pôde para suprimir uma gargalhada. Pendurar a roupa para secar não se provou nenhum pouco mais fácil que lavar a roupa. Depois de pendurar um cesto inteiro de lençóis e ficar parada lá, admirando meu trabalho, um vento forte veio e soltou todos os meus pregadores, fazendo com que eles saíssem voando em diferentes direções, como gafanhotos ensandecidos.

Algumas semanas depois de Lia chegar à Terravin, dois rapazes entraram juntos na pousada de Berti e imediatamente despertaram o interesse da princesa, a grande questão é: qual deles é o príncipe e qual é o assassino?


Por um lado, The Kiss of Deception é um daqueles livros que você não consegue parar de ler enquanto não chega ao fim, você quer descobrir logo quem é quem. É um livro que tem tudo para ser um best-seller e fazer muito sucesso entre os fãs de Kiera Cass. Por outro lado, como leitora e fã de fantasia, tenho que dizer que o livro deixou bastante a desejar. Sobrou romance e faltou história, faltou deixar um pouco de lado o triângulo amoroso e nos contar um pouco mais sobre o mundo: as intrigas, cultura, religião e lendas presentes nele. A autora dá leves pinceladas sobre tudo isso, o bastante para despertar curiosidade, mas muito pouco para fazer alguém entender o que está acontecendo ou porque está acontecendo. Os personagens, embora tenham sido bem construídos, têm personalidades previsíveis. E o livro está cheio de situações sem sentido, que acontecem apenas para criar “tensão sexual” entre os personagens.
Mas, em defesa do livro, a narrativa é fluída, empolgante e um tanto poética. Os capítulos são pequenos e narrados diante das perspectivas dos personagens principais. Os capítulos do príncipe e do assassino são denominados “Príncipe”, “Assassino”, “Rafe” ou “Kaden”, nunca dando muitas pistas e deixando você sempre em dúvida sobre quem é quem. Na verdade, esse é o grande diferencial dessa história, não é um triângulo amoroso no qual a mocinha fica eternamente em dúvida sobre por quem está apaixonada, ela já sabe desde o começo quem quer, somos nós que não sabemos se ele é o assassino ou o príncipe (e nem ela, claro, ela não tem a menor idéia que um deles é um assassino e o outro é o príncipe que ela abandonou no altar, para ela, eles são apenas Rafe e Kaden).
No final do livro, por motivos de força maior, Lia começa a se aproximar do outro pretendente, e, por causa disso, eu terminei o livro pensando “só falta o próximo livro ser sobre ela se aproximando mais dele e ficando em dúvida sobre quem quer”. Mas, ainda ontem, conversando com amiga (obrigada, Thais), eu tive minhas esperanças renovadas. Ela já leu o segundo livro em inglês e falou que nele há muito menos romance e muito mais história, intrigas políticas e magia. Então, eu pretendo sim dar mais uma chance à história.




Sobre o livro: a edição da Darkside Books, como sempre, é linda. Eu me apaixonei por essa capa no momento que a vi. A capa é dura, as folhas amareladas, a fonte confortável. O livro vem com aquele marca páginas de cetim dourado, além de ser acompanhado por um marca páginas de papel e um pôster/mapa do livro. Um primor. Além disso, no início dos capítulos há passagens de canções e documentos relacionados à história e cultura do mundo. A única coisa que eu não gostei é que são usadas aspas para indicar diálogos invés do travessão, como não estou acostumada, acabou me atrapalhando um pouco.


Alexia é uma arcanista plena que conhece muitos nomes, é capaz de chamar o raio e o trovão. Normalmente usa suas habilidades para combater crituras das trevas como orcs e trolls, mas no momento está muito ocupada com seus três dragões em fase de crescimento - eles dão realmente muito trabalho. Nas horas vagas ela gosta de cozinhar, dançar e às vezes consegue arrumar um tempo para o namorado.

As visões de Bran Stark

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Ontem tivemos mais um episódio de Game of Thrones, o que nos dá exatamente um mês para aproveitarmos o restante da temporada. Apesar de não ter parecido empolgante em um primeiro momento, eu diria que Blood of My Blood foi tão interessante quanto The Door. A diferença está nas cenas: nesse sexto episódio as melhores apareceram em flashs do passado e do futuro. Quem os teve? Bran, óbvio. Além da confirmação (e da reaparição após 5 temporadas) feita por Benjen Stark de que o garoto agora é o Corvo de Três Olhos, ele teve vislumbres do que aconteceu e do que está por vir. Mais uma vez esse personagem (que para mim é o mais poderoso da saga) se encontra no foco da minha atenção na temporada – e da sua também, acredito. Porque por mais que você goste da Daenerys Targaryen, tem de admitir que nessa season ela não está tão legal: prova disso foram os comentários em um grupo que li ontem, onde até fãs da Mãe dos Dragões acharam sua última cena desnecessária...
Enfim, mas vamos focar no que é bom: as visões que Bran teve – agrupei todas de acordo com o que foi abordado, e não pela ordem em que apareceram. Utilizei a Vanity Fair, o Reddit, os livros e a Wiki de Game of Thrones como fonte.

O que mais chamou atenção, pelo menos para mim, foi aquilo que já vi na série: Bran vislumbrou a sua própria queda e a morte dos pais e do irmão. Eu não recordo nesse momento se ele já sabia que Catelyn e Robb foram assassinados pelos Frey e Bolton, mas se desconhecia, acaba de descobrir. Além disso, Bran também revisitou a Torre da Alegria. Ned pergunta mais uma vez onde está sua irmã, e em seguida vemos o que parece uma parte de um corpo ensanguentado com uma mão suja de sangue logo em cima. Seria o corpo de Lyanna Stark e a mão, pertencente à Eddard? Será um trecho do que a gente espera com tanta ansiedade: o nascimento de (muito provavelmente) Jon Snow?


Além disso, Bran vê piromantes sob Porto Real manuseando fogovivo, aparentemente com cautela, mas uma explosão irrompe na segunda leva de visões – descuido dos piromantes ou intencional? Uma visão do que está por vir, certamente... E muitas hipóteses surgiram: seria Bran Stark utilizando o elemento para detonar os white walkers em um futuro extremamente distante (ok, essa foi a teoria mais bizarra)? Ou então seria Daenerys concretizando o sonho de seu pai: BURN THEM ALL? Se formos mais racionais, no entanto, e avaliar a cena segundo o contexto atual da série, é possível que se trate de um momento em que Cersei Lannister utilizará o fogovivo em sua guerra particular contra o Alto Pardal. Por que chegar a esse extremo? Será que Tommen, como reza a profecia, morrerá antes desse acontecimento, o que enlouquecerá a mãe, ou  será morto em decorrência dele? Seria possível que Cersei, em seu desespero para se vingar e fazer seus inimigos pagarem, tirará a vida do próprio filho (ainda que sem querer)? Quantas conjecturas, minha gente... Mas uma coisa é certa: o caos recairá sobre Porto Real.


Bran tem flashs da batalha de Hardhome/Durolar, incluindo a nossa crush do episódio 9 da quinta temporada (que no final acabou se tornando uma wight para nossa tristeza). O Rei da Noite aparece diversas vezes: transformando o bebê de Craster, trazendo os mortos de volta à vida, observando a batalha desenrolar. Bran assiste Jon Snow matar um dos companheiros white walkers do Rei da Noite com sua espada de aço valiriano. Ele também vislumbra mais uma vez a origem das criaturas pelos Filhos da Floresta e o momento em que foi tocado e marcado no episódio The Door.


Ah, os dragões. Bran os vê também. Um dragão sobrevoando Porto Real não é exatamente novidade, pois foi uma visão que o Stark teve quando tocou o represeiro na quarta temporada. Além disso, ele assiste Daenerys saindo das cinzas das piras de Khal Drogo e Mirri Maz Duur, e também um dragão em pleno vôo, aparentemente com alguém montado em si, o que fez muita gente especular que talvez seja a cena em que Daenerys finalmente chegue em Westeros. As silhuetas que apareceram, aliás, podem ser de Drogon ou podem não ser, bem como podem pertencer ao futuro ou ao passado. Temos de aguardar mesmo pra saber.


Os corvos, como sempre, estão presentes, incluindo o corvo de três olhos (o animal mesmo). Revisitar a cena em que Bran cai da torre quebrada me fez pensar se os corvos que ele alimentava quase sempre não estavam ali, não o atraíram, seguindo ordens do próprio Bloodraven. Será que foi tudo intencional e arquitetado para que Bran caísse da torre e ficasse inconsciente por tempo suficiente para que o Corvo de Três Olhos lentamente entrasse em contato com ele? Bran Stark estava predestinado a ser quem é (independentemente de queda ou qualquer outro acontecimento), ou foi escolhido segundo o seu potencial?


Uma das cenas que mais achei interessante: o Rei Louco – Aerys II Targaryen. Bran o vê no Trono de Ferro, com os cabelos prateados e o olhar desvairado, enquanto grita BURN THEM ALL. Também assistimos o assassinato do rei, que é o exato momento em que Jaime se torna o Regicida, inclusive mostrando o Lannister sentado no Trono de Ferro. Aliás, o pré-julgamento das pessoas sobre Jaime soa injusto quando você descobre que ele matou Aerys Targaryen para impedi-lo de queimar toda Porto Real, né? Desonra, no sentido mais literal da palavra, com certeza houve, pois ele era da Guarda Real e matou pelas costas quem jurou proteger. Contudo, quantas vidas foram salvas diante dessa atitude? Ninguém sabia das intenções do Rei Louco, então foi fácil acusar o Jaime (e coube a ele suportar as acusações pelo resto da vida).

Ok, agora vamos teorizar: ouvimos mais de uma vez Aerys gritando BURN THEM ALL: não apenas quando aparecia em cena, mas também quando havia apenas wights e white walkers.  Isso poderia ter sido proposital por parte dos produtores? Fazer com que a gente associe a frase aos piores inimigos dos homens? Burn them allé um comando bem compreensível quando se está enfrentando uma horda de mortos-vivos do capeta que está sedenta por enfiar lanças no seu coração. Estaria se confirmando a teoria de que o enlouquecimento de Aerys é culpa de Bran e que o comando sempre se referiu à torrar as criaturas, e não Porto Real? 
Como a gente bem sabe, Walder/Wyllis teve um vislumbre da própria morte quando Bran usou seu corpo do passado para controlar o Hodor lá no futuro. Aquilo o traumatizou tão profundamente ele adquiriu a afasia de expressão, um transtorno que faz com que a pessoa tenha muita dificuldade em se comunicar com o mundo exterior. Aerys II Targaryen, no entanto, não viu a própria morte, e talvez por isso não tenha sido tão afetado. Mas será que, como Hodor, embora em grau menos grave, ele viu o futuro e ficou traumatizado? Repetindo a frase que pode ter ouvido na visão, mas não conseguindo compreendê-la do modo correto?  
Por fim, se você reparar, Bran Stark viu muita coisa em um intervalo de tempo muito menor do que o normal. Acontecimentos e visões importantíssimos sobre os quais havíamos apenas ouvido falar, e que a gente nem sabia que aconteceria ainda. Isso indica que ele está muito poderoso e confirma o que Benjen afirmou, bem como o que o Corvo de Três Olhos disse no quinto episódio: está na hora de você se tornar eu. Não foi o que já aconteceu? Será que no início de Blood of My Blood Bran Stark estava recebendo um upgrade enquanto era arrastado por Meera? O que uma criança com tão pouca experiência e responsabilidade fará com tamanho poder em mãos? Não me parece tão irracional que enlouqueça o Deus Louco, porque eu sei e você sabe que voltar no tempo e tentar mudá-lo com certeza dará merda, mas os Stark possuem uma inclinação natural a escolhas erradas.



Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

Game of Thrones: possíveis spoilers de The Broken Man

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Caso você não seja adepto dos grupos de Facebook ou não costume viver na internet, isso provavelmente parecerá novidade. Mas vou contar uma coisa aqui para você: cada episódio de Game of Thrones tem sido precedido por resumos de um usuário do Reddit. Ele diz o que irá acontecer 24h antes da série ir ao ar... E adivinha? Em 80% dos casos, acertou.
Para esse episódio, no entanto, o usuário foi mais ligeiro e já postou o que acontecerá no episódio. Ou o que talvez aconteça. Faço esse post para você, fã curioso, dar uma consultada antes da série ir ao ar. Eu particularmente não me incomodo com spoilers e se você for como eu, esse post virá a calhar. Depois do episódio de domingo, a gente dá uma conferida para ver se a previsão estava certa, ok? Só adianto uma coisa: se a maioria acontecer, será um capítulo e tanto da série.

 

Tommen cometerá suicídio

Supostamente se jogará de uma torre. O quanto isso é provável que aconteça? Bem, muito. Tendo em vista a profecia da Maggy, a Rã, Tommen Lannister está com os dias contados. Joffrey e Myrcella já foram, agora resta um e não tem nada que ele ou Cersei possam fazer a respeito. Por que ele faria isso? Eu não sei. Vimos no episódio passado que o Alto Pardal conseguiu "tragá-lo" para sua causa, e que Tommen é inocente o suficiente para se sentir realmente convencido a aderir à Fé dos Sete. Ele talvez acredite com todo coração nisso. Ingênuo? Sim. Mas se levarmos em conta essa hipótese, imagine o cenário: Jaime revela a ele que é seu verdadeiro pai. Tommen descobre que é fruto do abominável pecado do incesto. Sente-se imundo e fruto de algo terrível. O que fazer? Talvez ser o primeiro suicida da série seja uma boa opção para se livrar da mácula. E assim ele encontra o seu fim. 
Eu particularmente acharia mais emocionante que a Cersei, sem querer, acabasse causando a morte do filho, mas nem tudo sai como a gente espera, né? Se for pelo suicídio eu também não irei reclamar.


Cersei burla o julgamento por combate e vira rainha;Septã Unella morre


Para quem estava aguardando o Clegane Bowl, se o usuário estiver correto, irá se decepcionar, porque Cersei dará o seu jeito de burlar o julgamento por combate. Não tenho nem pista de como irá acontecer, mas é bem a cara dela. E, levando em conta que Tommen estará morto, Cersei assumirá o Trono de Ferro (finalmente deixará de ser rainha regente, hein?). Isso me parece um tanto estranho levando em consideração a linha de sucessão, mas quem liga para ela na série, né?
Além disso, Septã Unella morre. Certeza que Cersei fará questão de dar-lhe uma morte lenta e bem dolorosa. Ou quem sabe ela tropeça e bate a cabeça. Sei lá. Não será uma morte com a qual irei me importar, de qualquer forma.


O Norte será vingado e Sansa decapitará Ramsay

Para ser sincera, não é uma hipótese que eu estou levando muito em consideração. Claro que seria maravilhoso ver a Sansa se tornar tão badass, mas o episódio 9 ainda vem pela frente e seu nome é Battle of Bastards. Não faria sentido a batalha já ocorrer em The Broken Man, assim como a morte do Bolton. Então vamos partir para a próxima que essa é uma previsão que nem estou levando em consideração.


Sandor Clegane reaparece como devoto ao Deus Vermelho, e Thoros de Myr também, mas a Irmandade perdeu a força


Esse é bem autoexplicativo, e dá uma continuação à última vez em que vemos Sandor nos livros. O Cão de Caça agora é seguidor de R'hllor, e embora o usuário não tenha entrado em muitos detalhes, deu a entender que está acompanhando Thoros - talvez esteja participando da Irmandade Sem Bandeiras, que já não está tão forte quanto antigamente? Possibilidades diversas.


Asha encontra com Daenerys

Asha Greyjoy (eu me recuso a chamá-la de Yara - sério, o que os produtores têm na cabeça?) encontra com Dany e ambas tramam retornar para Westeros com os navios da primeira. Sim, não são o suficiente para transportar toda a "tropa" da Targaryen, mas Asha sabe como fazer navios, Dany tem gente (leia-se escravos) para fazer quantos ela achar necessário e a série muito provavelmente tirará matéria-prima do nada para que assim aconteça. Sem surpresas.

Benjen leva Meera e Bran à Muralhae Bran vê o restante da Torre da Alegria: Jon Targaryen

 

Eles retornam para a Muralha à cavalo, e Bran inclusive ganha um de pelagem preta. Sem notícias de Hodor ainda (estou falando isso porque eu tinha esperanças, tá? snif), e eu espero que a série esqueça dele até o final. Enfim, Bran terá uma visão onde verá o restante do que aconteceu na Torre da Alegria, e finalmente descobrirá que Lyanna estava ali dando à luz a uma criança - Jon Snow, que continuará sendo um bastardo, mas oficialmente possui sangue Targaryen. Provavelmente a internet quebrará quando isso aparecer, mesmo que no fundo a gente já saiba há um bom tempo que é verdade. Bran fica desesperado para contar ao irmão, Benjen revela que mesmo que Ned nunca tenha lhe contado, ele já havia notado a verdade. Intuição de irmão, eu acho.
Enquanto isso, os white walkers marcham em direção à Muralha.


Brienne e Jaime se reencontram. Lady Stoneheart?

Jaime está em Correrrio e Brienne se encontra com ele quando chega lá. Usando as palavras do usuário, Jaime volta a ser um cuzão com ela. Isso significa que eu provavelmente voltarei a odiá-lo sem culpa. 
Podrick Payne é capturado e possivelmente morrerá. Brienne se depara com vários homens sendo enforcados... E no final da season, uma figura encapuzada aparece para Brienne. O usuário nos mandou não criar expectativas, MAS FALA SÉRIO, NÉ?! Como não criar? Eu já estou quase soltando fogos por antecipação. Produtores, só um comentário: se for para vocês colocarem um personagem em condições semelhantes à Stoneheart dos livros, mas que na verdade não será ela, NÃO COLOQUEM.

 

Arya mata Waffe e foge para Westeros


Eu não lembro de nem um personagem com o nome Waiff, mas o usuário o mencionou, então estou acreditando que é aquela Mulher Sem Rosto que saiu sedenta pelo sangue da Arya no episódio passado quando recebeu o aval do Homem Gentil após a Stark (sim, uma Stark!) não ter cumprido sua missão. Já imaginávamos que isso aconteceria. Espero que Waiff sofra e engula aquele jeito insuportável com o próprio sangue. Sim, estou sanguinária porque cansei de ver a Arya apanhando por nada (pelo menos ela aprendeu algo disso, né?).




Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

Thystium: Espada e Dever || Folheando

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Thystium é um mundo que possui os mais diversos perigos. Os inimigos atacam nas montanhas, rios, planícies e florestas. Para fazer frente a essas ameaças, o mundo possui poderosos heróis. Determinados em proteger quem não pode fazer isso por si próprio e nessa luta, os espadachins de Bënvahn se destacam.Gavril é um destes guerreiros honrados e nobres, porém carrega uma maldição que corrói seu corpo. Em busca da cura para seu sofrimento, o espadachim se juntará à serva dos deuses estelares Flayfh Merien. Juntos, os dois viajarão através das planícies e do misterioso sul, enfrentando inimigos alienígenas e profanos até o confronto derradeiro contra o misterioso Feiticeiro Azulado.Leia e descubra porque o dever é maior do que quem o carrega.

Espada e Dever || Série Thystium || Peterson Rodrigues || Independente || E-book || 104 páginas|| Compre aqui.


Primeiramente, gostaria de agradecer ao Peterson por ter gentilmente cedido o livro, antes de seu lançamento, para que eu pudesse ler e trazer minhas opiniões aqui pra vocês.
Espada e Deveré o segundo livro de Peterson Rodrigues e será lançado neste fim de semana, em versão digital, na Amazon. A versão física ainda não possui data de lançamento. Enquanto estava escrevendo o livro, Peterson me disse que este seria muito mais brutal e sangrento do que Thystium. Será que ele consegue cumprir com a palavra?
No livro, somos apresentados a Gavril, um espadachim de uma ordem chamada Benvähn. Ele está retornando ao templo onde cresceu e foi treinado, para terminar seu treinamento e se tornar um dos melhores guerreiros de Thystium.


Ele busca por isso pois, quando mais jovem, seu mestre e companheiros de treinamento foram atacados por um grupo de demônios invisíveis, liderados por uma criatura, meia guerreira, meia feiticeira. Após eliminar todos os aprendizes, exceto Gavril, o líder das criaturas preparava para dar o golpe de misericórdia no mestre dos Benvähn. Porém, Gavril se jogou na frente para salvá-lo, ele só não morreu pois seu mestre usara sua própria força vital para mantê-lo vivo. Após esse ataque, Gavril adquiriu uma espécie de maldição. Uma ferida roxa surgiu em seu peito, onde fora atacado. Seu objetivo então, é de buscar justiça e obter uma cura para si mesmo. No decorrer da história, ele conhece Flayth, uma clériga. Juntos, os dois partem rumo ao desconhecido.
O dever é a obrigação moral, primeiro para consigo mesmo, e depois para com os outros. O dever é a lei da vida: encontramo-lo nos mínimos detalhes, como nos atos mais elevados.

Não posso dizer muita coisa pois o livro é curto, e quem me conhece sabe que detesto spoilers, então acho melhor parar por aqui. Vamos então as minhas considerações sobre a obra.
Peterson se superou, as descrições (que já eram muito boas) melhoraram, os personagens estão mais carismáticos e a escrita está mais fluida. Ele ainda expande ainda mais o universo criado no primeiro livro, mostrando cidades e regiões ainda não exploradas, com peculiaridades e geografia própria. A história está muito boa e com um ritmo acelerado, é difícil não terminar o livro de uma tacada só. Pra quem gosta de RPG de mesa, é um prato cheio. 
Confesso que esse foi um dos livros que mais me marcou, pois, além de ser muito (MUITO) bom, ainda abordou assuntos relacionados à fantasia que eu simplesmente adoro. Eu até brinquei com o autor, dizendo que ele deve ter cometido algum engano, porque esse livro foi escrito pra mim.

O dever é maior do que o homem que o carrega. Não é feito por glória ou por gratidão, e sim, porque precisa ser feito.



Me chamo Rafael, mas pode me chamar de Rafa. Tenho 17 anos e pretendo ser jornalista. Tento conciliar as leituras, sessões de RPG e as infinitas séries de TV que tento acompanhar com o corre-corre do dia-a-dia. Meus livros favoritos são, basicamente, a trilogia do Senhor dos Anéis e Jurassic Park, esses dois moram no fundo do meu coração. Mas séries já é diferente, várias estão disputando uma vaga entre as favoritas, posso citar Black Sails, Black Mirror, Breaking Bad, Game of Thrones, Sherlock e Vikings. Atualmente estou escrevendo um livro de fantasia, vamos ver no que vai dar...

#EspalheFantasia || 5 séries de fantasia publicadas no Brasil

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Esse post deveria ter ido ao ar ontem, mas imprevistos para quem está em época de provas vivem acontecendo, né? Eu e o Vagner, amigo do Desbravando Livros, convocamos uma galera, blogueira ou não, para a campanha #EspalheFantasia. É um sistema de blogagem coletiva em que todos – e olha, é muita gente! – farão posts periódicos sobre assuntos de interesse dos fãs de fantasia. O primeiro tema escolhido foi 5 séries de fantasia publicadas no Brasil.
A ordem dos livros não significa nada e algumas sagas mencionadas estão longe de ser as melhores do mundo, mas me marcaram de alguma forma. Ademais, estarei citando alguns livros que não sejam tão conhecidos ainda.

 

As Crônicas dos Spiderwick

A adaptação, curiosamente, é uma das que mais gosto, ainda que não seja tão fiel.
Foi um dos contatos mais marcantes que tive com o gênero. Aqui no Brasil foram publicados os 5 volumes e li todos. Conta a história dos gêmeos Simon Grace, Jared Grace e da irmã mais velha Mallory Grace, que se mudaram para a propriedade da tia Lucinda Spiderwick na Nova Inglaterra. Lucinda está internada na ala psiquiátrica por episódios de psicose e delírio, mas os três descobrem que ela está longe de ser louca – na verdade vê o mundo como ele de fato é! Arthur Spiderwick, seu marido, foi dado como morto após desaparecer. Aliados a Tibério e ao Guia de Campo, por trás de olhos humanos que nada enxergam sem a Pedra da Visão, ali no quintal dos Spiderwick, Mallory, Simon e Jared viverão a maior aventura de suas vidas no combate contra Mulgarath. 
A narração não deixa nada a desejar e as ilustrações colaboram para que você dificilmente largue o livro. Com certeza é uma sugestão de leitura para crianças! Só não diga a elas que existe o filme, caso contrário ouvirá o mesmo que minha prima me falou: "Ah, mas é só assistir que é a mesma coisa!". Sempre que alguém diz isso uma criatura fantástica morre.

Encontre no Skoob || Publicados no Brasil pela Editora Rocco || Série completa.


Vampiratas

Arte por Yuushin7.
Pouca gente conhece, e menos ainda se dispõe a conhecer ao ler o título da saga. Um erro que quase cometi, admito! Mas resolvi dar uma chance e se tornou uma grata surpresa literária de fantasia. Vampiratas foi publicada pela Galera Record aqui no Brasil em seus 5 volumes e por enquanto li até o terceiro. Conta a história, basicamente, sobre gêmeos que se tornam órfãos após a morte do pai, o faroleiro mais amado da Baía Quarto Crescente. Entre ser adotados pela pomposa esposa do prefeito ou ir parar no Orfanato, Connor e Grace preferem roubar o barco de seu pai e buscar aventuras em alto-mar. Um acaba parando no navio do capitão Molucco Wrathe, enquanto outro se vê em uma embarcação cercada de mistérios e aparentemente saída de lendas antigas. Foi com esses livros que comecei a me apaixonar por piratas, entendi alguns conceitos básicos de esgrima e navegação e de modo geral aprendi a jamais julgar um livro pelo título.

Encontre no Skoob || Publicado pelo selo Galera Record || Série completa || Créditos da imagem: blog Little Diamonds.


Gone



Apesar de ser classificado como infanto-juvenil com certeza não é uma leitura que eu recomendaria a crianças. Gone conta a história de crianças e adolescentes de Praia Perdida que de repente se veem sozinhos, pois todos aqueles com mais de 15 anos desaparecem instantaneamente. A história foca em Sam Temple e seus amigos no primeiro livro, e mostra o caos que se estabelece em uma sociedade sem regras e sem responsabilidades, além de um constante abuso de poder daqueles que são mais fortes. Como se não fosse suficiente, algumas crianças parecem estar desenvolvendo estranhos poderes que não sabem controlar. Lembro que ler os livros – até agora li 3 de 6 – foi um pouco chocante para mim porque eu nunca tinha visto cenas de morte tão explícitas em uma obra voltada para crianças e adolescentes. Bebês recém-nascidos morrem, crianças morrem, crianças brigam e matam umas às outras... É um pouco perturbador. O segundo livro, Fome, tem o título mais literal possível: é o que eles estão sentindo. Não dispensam nem um tipo de comida... Nem carne humana. 

 
Encontre no Skoob || Publicados no Brasil pelo selo Galera Record || Série incompleta (5/6).


As Crônicas de Nárnia

Aqui falo um pouquinho da obra de C.S. Lewis, que apesar de ser conhecida, muita gente parece não saber que são 5 livros no total, que não focam somente nos Pevensie, e que Nárnia não se limita àqueles volumes que foram adaptados. Meu livro favorito, na verdade, passa longe de adaptação da Disney, e é O Cavalo e Seu Menino. Ele se desenrola durante o reinado de Pedro, Edmundo, Lúcia e Susana. Shasta vive tranquilamente até estar na iminência de se tornar escravo de um estrangeiro. Apavorado e pensando em fugir, descobre que o cavalo (Bri) de seu suposto futuro senhor é falante e quer empreender uma fuga tanto quanto ele - é o que os dois fazem. No caminho encontram Aravis, que também monta em uma égua falante chamada Huin. A jornada acaba sendo desviada pela descoberta de uma conspiração contra os reis e rainhas de Nárnia. O final, apesar de previsível, é um dos mais felizes de todos os livros.

Encontre no Skoob || Publicado pela Editora WMF Martins Fontes || Série completa.

A Tapeçaria

Uma das várias criaturas que perseguem Max McDaniels, o protagonista.
Aqui nasceu minha paixão pela mitologia celta. Essa com certeza é uma obra que eu recomendaria de olhos fechados para qualquer fã de Harry Potter. Temos uma escola de magia, temos um protagonista que se destaca com habilidades especiais, temos os aliados e inseparáveis amigos, temos uma trama que o envolve, temos uma diretora amável, um gigante amigável e uma criaturinha fascinante que lhe pertence. Apesar das semelhanças com os livros de J.K. Rowling, Henry H. Neff conseguiu abraçar esses elementos norteadores e criar algo só seu. Eu li apenas três volumes, porque acredito que o penúltimo ainda não foi lançado, mas já se tornou uma das obras que mais gosto.
Encontre no Skoob || Publicados no Brasil pela Editora Prumo || Série incompleta (3/5).


Menções especiais 

Bem, esses são livros decididamente mais conhecidos e que eu acabei não citando por isso: As Crônicas de Gelo e Fogo, que dispensa comentários; O Ciclo das Trevas, que se tornou  minha segunda saga favorita de todos os tempos; Percy Jackson e os Olimpianos, série que me fez pegar gosto pela leitura; As Crônicas dos Kane, também de Rick Riordan e em minha opinião a melhor saga que já escreveu; A Mão Esquerda de Deus, meu primeiro contato com personagens cinzas e a crueldade humana dentro da ficção; As Fronteiras do Universo, que me encantou durante o ensino médio; Harry Potter, até hoje um amor de infância; Hobbit, com a narração lúdica e maravilhosa de Tolkien e, finalmente, aquele que é meu amor supremo: A Crônica do Matador do Rei.
Cada um dos livros mencionados nesse post são aqueles que, em minha opinião, todo mundo deveria ler pelo menos uma vez na vida. Certo, talvez alguém com seus vinte e cinco anos acabe por não gostar muito de Spiderwick, mas foram livros que li quando tinha 14 anos e pretendo reler em breve porque já sei o quanto são fascinantes em termos de imersão num mundo com a mais pura fantasia.

Outros blogs que estão participando




Celly é treinada na técnica krasiana do combate corporal contra terraítas, assim como em esgrima (incluindo com sabres de luz), siglística e é detentora do título de especialista em Defesa Contra as Artes das Trevas. Um dia será Promotora nas horas vagas, se a vida dupla com os Nobres Vigaristas assim permitir. Doze.

A enervante história de Rhoda Penmark || Menina Má

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Rhoda, a pequena malvada do título, é uma linda garotinha de 8 anos de idade. Mas quem vê a carinha de anjo, não suspeita do que ela é capaz. Seria ela a responsável pela morte de um coleguinha da escola? A indiferença da menina faz com que sua mãe, Christine, comece a investigar sobre crimes e psicopatas. Aos poucos, Christine consegue desvendar segredos terríveis sobre sua filha, e sobre o seu próprio passado também.

Menina Má (The Bad Seed) || Livro único || William March  || Tradução de Simone Campos || DarkSide Books || Capa dura || 272 páginas || Skoob e Goodreads || Compare os preços. || Livro cedido em parceria com a editora.


Christine Penmark mudou-se recentemente de Baltimore para uma cidadezinha onde todos aparentemente se conhecem. O marido, que viaja durante todo o livro, trabalha em uma empresa que exige essas mudanças esporádicas. Junto com sua filha, Rhoda, Christine é a novata na cidade. É assim que o livro começa: mostrando o seu cotidiano.

 
Rhoda é uma garotinha adorável de 8 anos. Muito madura para a idade, é tão independente que por vezes preocupa a mãe. Plácida e inteligente, sabe de cor como reagir a cada situação e conquistar os amores de quem está ao seu redor – pelo menos dos adultos, pois crianças no geral nunca a suportaram.
A história do livro começa quando Rhoda não ganha em sua escola uma medalha de ouro destinada à criança cuja caligrafia mais havia se aperfeiçoado no decorrer do ano. Quem a leva para casa é Claude Daigle, seu colega de classe, o que a deixa indignada. Monica Breedlove, uma vizinha que se rendeu totalmente aos encantos da garota e é uma constante na obra, representando toda a futilidade da época, tenta consolá-la, mas ela está resoluta: aquela medalha lhe pertence.

“Ela era minha”, teimou Rhoda. “A medalha era minha”. Seus olhos castanho-claros redondos arregalavam-se ao máximo, estáticos. “Era minha. A medalha era minha.”

No dia seguinte à premiação, quando a turma de Rhoda sai em excursão para um piquenique, Claude Daigle morre afogado. Rhoda foi a última pessoa vista ao lado do garoto quando ele estava vivo, mas é concisa em dizer que não teve nada a ver com a morte. Olha nos olhos da mãe e, tranquila, jura que não fez nada. É nesse momento que o alerta de Christine se acende: como uma criança que presenciou a morte e tentativa de resgate de outra pode estar tão distante e fria?

Rhoda, suportando o toque da mãe, falou, surpresa, que não estava nem um pouco perturbada. Na verdade, ela tinha considerado a busca pelo corpo e a tentativa de ressuscitação uma verdadeira aventura, pois nunca tinha visto nada assim antes.


A história gira em torno desse acontecimento. O primeiro deslize de Rhoda, ou a primeira vez em que Christine se esforça para ver as coisas como elas realmente são. A medalha de ouro que estava desaparecida desde a morte de Claude é encontrada na gaveta de Rhoda e é a partir daí que a Sra. Penmark resolve arregaçar as mangas e investigar não apenas o passado da filha, mas também o seu próprio.
Uma coisa muito interessante que eu notei é que a personagem é tão inocente dentro de sua própria crueldade, tão distante das emoções que norteiam nossas relações sociais, tão nova para ser ardilosa como serial killers adultos, que comete deslizes tentando não cometê-los. Ela sabe, por exemplo, que seu sorriso adorável que exibe uma única covinha é infalível quando as coisas parecem ruins para o seu lado, bem como oferecer uma “cesta de beijinhos” aos pais. Mesmo agora, quando se encontra diante de uma situação diferente do que está acostumada, ela tenta utilizar-se dessas artimanhas para conseguir driblar a mãe. E incapaz de entender e sentir amor, acaba por fazer perguntas naturais para quem desconhece o sentimento, como por exemplo: “Se a mãe de Claude quer tanto um garotinho, por que não pega um no orfanato?”. Em resumo, ela não está sendo má: está sendo apenas ela mesma.

A menina percebeu a reprovação repentina da mãe – que era totalmente inexplicável para ela – e então, como forma de recuperar o terreno perdido, encheu a bochecha materna de furiosos beijinhos. “Ah, eu adoro a minha mãe!”, disse ela. “Conto para todo mundo que eu conheço que adoro minha mãe!”.




Além de Christine e Rhoda, temos a já mencionada Monica Breedlove, que está na trama como alguém que se tornou totalmente refém dos encantos e falsidades da garota. Leroy, o zelador do prédio onde vivem, no entanto, sempre nutriu suspeitas acerca da personalidade de Rhoda (além de, no fundo, parecer desejá-la). Se no início eram apenas suposições sussurradas aqui e ali para tentar tirar Rhoda do sério, no final a própria garota acaba confirmando cada uma delas. Quando Leroy percebe que está diante de um verdadeiro monstrinho, decide se afastar, mas aí já é tarde demais.
Christine culpa a si mesma por cada atitude de Rhoda ao descobrir mais sobre o próprio passado, e promete que irá proteger a filha (o que inclui acobertar seus assassinatos) a qualquer custo, pois esse é o seu papel de mãe. Kenneth Penmark, o pai, não toma ciência de nada disso, pois apesar de escrever cartas quase que diariamente exprimindo seus anseios para o marido, Christine nunca as envia. Rhoda, a partir do momento que sabe que sua mãe a conhece de verdade, já não se importa em fingir nada dentro de casa, especialmente que a ama – porque essa é a verdade: ela nunca a amou. O final me surpreendeu, pois é um rumo que você jamais imagina que a história tomaria, e definitivamente me deixou querendo mais.

O trabalho de pesquisa realizado por William March nessa obra foi metódico (além de a narração ser espetacular). Gostei ainda mais do livro por saber que o autor inspirou-se em Belle Gunness para montar um dos personagens e justificar a personalidade de Rhoda (se você conhece um pouquinho do assunto, como eu, fica feliz em descobrir a inspiração só de ler o livro: fiquei super empolgada!). A narrativa de March retrata com cuidado a mente de uma mãe aterrorizada ao descobrir que a própria filha é um monstro, porém ele não esquece do ambiente externo: Christine enfrenta não apenas o dilema do que fazer com a filha, mas a batalha pessoal para manter as aparências e não levantar suspeitas da sociedade ao seu redor. March conseguiu conduzir isso com maestria. Foi seu último romance antes de morrer, mas também o único que deu certo – e como deu. Se eu tivesse de convencê-lo em poucas palavras, diria que deve ler esse livro por um simples motivo: irá me agradecer no final.
Ainda não assisti a adaptação, The Bad Seed (A Tara Maldita), mas só de ver algumas imagens do filme posso dizer que Patty McComarck encarnou perfeitamente a personagem da Rhoda e mereceu a indicação ao Oscar. Não tem nada mais Rhoda Penmark do que esse olhar:


Um pouco mais sobre crianças "psicopatas"


Crianças psicopatas existem? Lendo um pouquinho sobre o assunto aprendi que não podemos chamá-las de psicopatas, até porque é quase impossível distinguir a travessura da crueldade nessa faixa etária. Todos nós já fomos travessos, e algumas crianças foram um pouquinho travessas demais (talvez chegando até para o lado da crueldade), mas não somos psicopatas ou assassinos em série hoje em dia. Você, por exemplo, ter jogado seu pintinho da janela do segundo andar quando tinha apenas três anos de idade, pensando que ele podia voar, não induz crueldade, e sim uma incompreensão natural. A culpa não foi sua e sim de quem permitiu que você ficasse a sós com um bichinho tão vulnerável. No entanto, se aos 12 anos você decapita um cão porque o acha irritante (e isso é mais comum do que imaginamos), já podemos falar de um nível de crueldade incompreensível. Essa segunda atitude faria parte do transtorno de conduta, que quando diagnosticado em uma criança pode ser um forte indicativo de que no futuro ele(a) terá o transtorno da personalidade antissocial (a psicopatia em si). Mas até que complete 18 anos, segundo a Associação Americana de Psiquiatria, não podemos dizer que é psicopata.
Então, voltando ao livro, podemos dizer que Rhoda possui transtorno de personalidade antissocial? Não. Mas ela com certeza possui o transtorno de conduta, caracterizado em tantos momentos da trama: quando mente deliberadamente, quando é cruel, quando persegue e intimida Claude Daigle, quando age de modo a cativar quem está por perto para tentar se livrar de qualquer prejuízo... Ela é tudo o que precisa para no futuro, se tornar uma serial killer.





Porque fechar parcerias não é a coisa mais importante do mundo (e você não deve se preocupar se não conseguir)

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"O número de parcerias que você fechou não define a qualidade do seu conteúdo: entenda isso."

A postagem de hoje tem um teor diferente. É sobre o que tem me deixado aflita nos últimos tempos, desde que tive de escolher a faculdade em detrimento do blog, mais especificamente nas provas do segundo bimestre que decidiriam se eu ficaria de férias mais cedo ou iria para as provas finais. A escolha foi óbvia, né?
E eu saí perdendo. Porque escolher é isso: você ganha algo, mas em contrapartida também perde. Não podemos ter os dois ao mesmo tempo. Não do jeito que queremos. Eu queria tirar notas altas na faculdade, e também queria postar com frequência e resenhar bastante. Infelizmente não é assim que funciona.


Eu não deveria estar reclamando. Esse ano foi maravilhoso para o blog em muitos aspectos. Dobramos o número de visitas em relação ao total de 2015 – e nem chegamos à metade de 2016 ainda (agradecimentos especiais ao meu namorado, que me ajuda bastante). Tivemos a 10ª edição do meu projeto extra, a Maratona Literária Me Livrando, e foi um sucesso em todos os sentidos. O 1º Encontro Literário Virtual Me Livrando, a acontecer no próximo dia 25, já tem mais de 1.000 interessados e confirmados. Passamos em todas as parcerias para as quais nos inscrevemos. Despertamos interesse de dois grupos grandes, que queriam que o Me Livrando fosse uma coluna em seus sites (esse aqui mantive em segredo, e recusei com veemência porque o Me Livrando foi criado para ser um blog e não está nos meus planos torná-lo uma coluna semanal, embora agradeça imensamente a oferta). Nosso Instagram bombou (algumas fotos receberam mais de 1.500 curtidas) e a página chegou em 13.000 seguidores, além do próprio blog, que já conta com mais de 800. Ufa... Muita coisa boa, né? Um mar de rosas, provavelmente.


"Se você acha que receber livros de graça é a melhor coisa em ter um blog literário, repense."

Só que não. Eu fiquei feliz por cada conquista do MeL e por vezes nem acreditei que de fato estava acontecendo. Não relacionei os números acima para me exibir a você, e sim para provar que não é porque as coisas parecem maravilhosas que elas estão de fato assim. O Me Livrando não é meu trabalho em tempo integral, é um hobby que cresceu mais do que eu esperava. Ele não me dá dinheiro, não me entregará um diploma nem me dará uma vaga de emprego. E recentemente tem me causado pavor.
Sim, pavor. Abracei o mundo inteiro com os braços – e olha que só tenho 1m e 53cm! Venho fazendo isso desde o ano passado. Quando criei o blog e vi que muita gente estava me acompanhando, me empolguei. Aceitei o primeiro pedido de parceria com Jim Carbonera (que nem é autor de fantasia, e me apresentou a mais interessante obra fora do gênero que já li na vida) com a presunção de que iria ajudá-lo. Acho que o fiz, no fim das contas, pois a resenha de Verme! foi uma das mais lidas no blog. Os pedidos de parceria não paravam de vir (e não param até hoje) e eu, sem experiência alguma, aceitava sem hesitar.


"Quando você perde o prazer, deixa de ser um hobby."

O primeiro baque: obras que não me agradavam. Na minha curta carreira de blogueira, me deparei com diversas assim. Como resenhar um livro que eu não gostei? E pior ainda, cujo autor confiava em mim e se tornara meu amigo? O segundo baque foi a quantidade. Eu simplesmente não conseguiria ler tudo aquilo de obra, física e digital, em um ano. Mas só fui perceber isso tarde demais. O que, claro, não significa que eu tenha aprendido com o erro: vide a quantidade de editoras que são parceiras do blog.
Enfim, o meu ponto é: acredito que hoje em dia estaria muito mais tranquila e feliz com o blog se não fossem as numerosas parcerias. Amo cada uma e tento cativá-las, mas elas são muitas para mim. Às vezes quero desistir de tudo, outras penso que consigo. Isso não diminui a aflição de não estar em dia com cada uma delas. Na verdade, a vontade de sumir é grande, sabe? E eu espero que você jamais passe por isso também. Todas as conquistas que já tive são meio que ofuscadas por esse simples porém. Sim, estou feliz, mas poderia estar mais. Poderia estar tranquila... Tudo isso se eu tivesse alguém que, um ano atrás, tivesse dito: ei, você pode ajudar todo mundo, mas vai com calma.

"As parcerias são importantes, mas seu bem-estar vem em primeiríssimo lugar." 

Quero ser essa pessoa para você, blogueiro iniciante. Quero ser quem avisa. Não cometa o mesmo erro que eu cometi. Não se afunde nessa onda de aflição. As parcerias são importantes, mas o seu bem-estar vem em primeiríssimo lugar. Não menospreze nem um dos dois, mas também não deixe que o primeiro fique acima do segundo. É agoniante ter pilhas e pilhas de livros que você deixou de encarar como leitura prazerosa, e sim como leitura obrigatória. Quem quer isso? Relembra a época das leituras do vestibular. Relembra o quanto eu não gosto daquelas obras até hoje por ter o Enem como um diabinho me cutucando nas costas com o tridente exigindo que eu lesse tudo. Blogar por amor se transforma em blogar por obrigação. Quando você perde o prazer, deixa de ser um hobby.


"Nada, absolutamente nada, se compara a você ler o que quiser quando estiver afim."

Quanto a mim, ainda tenho que decidir o que fazer com tudo o que me resta inacabado. Tudo o que deixei acumular por não dar conta e ser apenas uma – não, não estendo os compromissos que eu fechei aos meus colaboradores porque não é justo com eles. Talvez encerre algumas parcerias, talvez não. Tenho de parar antes que o blog pare.
E, por fim, se você quer um conselho de amiga, aqui vai: resenhe primeiro aquilo que lhe enche os olhos. Faça um trabalho legal. A recompensa vem depois e nem tudo nessa vida de blog literário se resume a receber livros de graça (se você acha que essa é a melhor coisa que pode lhe acontecer, repense). Nada, absolutamente nada, se compara a você ler o que quiser quando estiver afim e postar apenas sobre aquilo que achar interessante.
O número de parcerias que você fechou não define a qualidade do seu conteúdo: entenda isso.

Com carinho,
de alguém com alguma experiência.

Os Pequenos Homens Livres: a primeira grande aventura de Tiffany Dolorida

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A leitura de Pequenos Homens Livres marcou meu grato retorno ao Discworld de Terry Pratchett. Com seu humor irreverente e a narração irônica, essa foi a segunda vez que fiquei triste de verdade ao finalizar uma obra. A primeira vez foi com Pequenos Deuses, também do autor. Essa obra inaugura a série de Tiffany Dolorida aqui no Brasil, que será publicada pela Editora Record através do selo Bertrand Brasil. Foi a primeira vez que tive um vislumbre dos Nac Mac Feegle e a cada vez que apareciam, eu ria sozinha. Continuo abismada com o quanto uma série infanto-juvenil consegue ser atemporal e agradar a todas as faixas etárias.


A aventura começa em Pequenos Homens livres quando Miss Tick, ou Perspicácia Tick, uma bruxa, vê ondulações no universo que demonstram que algo grandioso está acontecendo. A confusão ocorrerá no Giz, lugar onde ela até interveria, se seus galhos não tivessem dito que já havia uma bruxa ali – e bruxas não adentram o território de outra para interferir em coisas importantes sem pedir licença (isso é sinal de extrema falta de educação!).




“Não, isso não pode estar certo. Ali fica a terra do giz (...) Não dá pra se formar uma boa bruxa no giz. É um material quase tão macio quanto argila. É preciso uma boa rocha dura e firme para se formar uma bruxa, acredite.”

O que ela faz, então? Observa. Enquanto isso, na terra do giz em si, Tiffany Dolorida presencia o início de sua primeira aventura quando uma criatura estranha, como aquelas que vemos nos pesadelos e livros de contos de fadas, aparece para ela e para o irmão babão e chato, Wentworth, que não dá uma trégua e só quer saber de doces. Ainda que não tenha consciência sobre o que é e acredite que bruxas existem apenas nas histórias, ela prova para Miss Tick, que a observa constantemente, que a Terra do Giz não é um material tão mole assim. Especialmente quando seu irmão mais novo (grudento, insuportável e chorão) é roubado por uma Rainha que só quer saber de mimá-lo em seu mundo encantado. 


O enredo

Tiffany Dolorida é uma garota de nove anos, nascida e crescida em uma fazenda, que nem imagina a responsabilidade que tem nas mãos: ser a nova bruxa responsável pelo Giz. Esse papel foi ocupado anteriormente pela Vovó Dolorida, embora Tiffany só tenha descoberto isso muito depois de sua morte. Durante todo o livro, a garota tem flasbacks em que recorda de determinadas atitudes e frases da avó, finalmente associando ao que de fato ela foi em vida. Agora cabe a ela a responsabilidade de cuidar de tudo e todos, e garantir a segurança e o bem-estar não apenas de sua família, mas de cada habitante daquela região.
No entanto, antes mesmo de tomar consciência disso tudo, Tiffany é colocada à prova pela Rainha, que coloca o seu mundo para colidir com o da garota. Os primeiros sinais de que algo está errado aparecem aos poucos (Jenny Dente-Verde, uma criatura horripilante, aparece no lago; os Nac Mac Feegle alertam a garota; por fim, Wentworth, seu irmão mais novo e babão, é raptado). Com o auxílio dos Pequenos Homens Livres, de Miss Tick (mais precisamente de seu sapo), dos Pensamentos Melhores, dos Pensamentos Melhores Ainda e da Primeira Visão, Tiffany embarca na aventura de entrar na terra mágica da Rainha e roubar trazer seu irmão de volta.
“Você sabe o que vai aparecer? Todas as coisas que foram presas e trancadas naquelas histórias velhas. Todas as razões para não se desviar do caminho, não abrir a porta proibida, não dizer a palavra errada ou não derramar o sal. Todas as histórias que provocaram pesadelos nas crianças. Todos os monstros que saíram de debaixo da maior cama do mundo. Em algum lugar, todas as histórias são reais e todos os sonhos se tornam verdade.”



Os Pequenos Homens Livres

ARTISTA DESCONHECIDO.

São os Nac Mac Feegle, ou os Pctisies. Pertencem a uma raça encantada, o que não significa que são encantadores: medindo poucos centímetros, seus hobbies são roubar, brigar e xingar. Têm pavor de advogados e vício em Unguento Especial de Ovelha. Um dia trabalharam para a Rainha, mas na história detestam-na. Aparecem pela primeira vez para Tiffany logo no começo do livro, chamando-a de bruaca (que significa bruxa), embora ela nem imaginasse o que fossem aquelas criaturas e o quanto eles a ajudariam a resgatar o seu irmão.
Os Nac Mac Feegle possuem uma kelda, que é basicamente a rainha de todos eles e a única cuja responsabilidade é pensar. Se os pequeninos são força bruta e confusão, a kelda é o cérebro de todos. No livro a atual Kelda está prestes a morrer e no lugar de passar seu posto à Fion, sua filha, passa à Tiffany (o que causa espanto em todos os Nac Mac Feegle, especialmente quando percebem que um deles terá de se casar com a parruda, conforme ditam as regras sociais, para que tenham muitos filhos e povoem ainda mais a comunidade – mas Tiffany dá um jeito de driblar isso).
Os “poderes” dos Nac Mac Feegle incluem uma força descomunal, a capacidade de entrar e sair de qualquer mundo e a impossibilidade de abandonarem um banquete sem antes consumir toda a bebida. Além disso, eles possuem pequenas espadas que brilham na presença de um advogado – referências a Senhor dos Anéis, alguém?


As bruxas Dolorida


“Os que podem fazer têm que fazer pelos que num podem. E alguém tem que falar pelos que num têm voz.”

Vovó Dolorida e Tiffany têm algo em comum: aceitam responsabilidades sem hesitar e encontram soluções para problemas aparentemente “insolucionáveis”. Tiffany vai um pouco além e é mestra em criar novas palavras. E tem a Primeira Visão, os Pensamentos Melhores e, descobre mais tarde, os Pensamentos Melhores Ainda. Não apenas será uma bruxa da melhor qualidade, como também é um ser humano e tanto.
Ter a Primeira Visão e os Pensamentos Melhores significa que Tiffany vê o mundo sob um ângulo só seu. Quer dizer também que o mundo está a lhe contar segredos a todo instante, e que aquilo que muitos não veem, não lhe passa despercebido. Uma bênção e uma maldição.
Uma coisa engraçada sobre Tiffany e Vovó Dolorida, aliás, é que as duas nunca foram de conversar muito. Elas ficavam em silêncio juntas, porque compreendiam uma a outra, e isso era o mundo para Tiffany. Por isso que, quando tinha sete anos e a avó partiu, apesar de não ter derramado uma lágrima, ela sabia de uma coisa: o mundo havia acabado. Dentro dela, de um jeito só dela.

         “Cê tem aquela partezinha dentro de você que fica lá firme, certo? Aquela pequena partezinha que cuida do resto de você. A habilidade de ter Primeira Visão e Pensamentos Melhores é o que cê tem, e isso é um pequeno dom e uma grande maldição pra você. Vê e ouve o que os outros num conseguem, o mundo revela os seus segredos pra você, mas você é sempre como aquela pessoa na festa segurando a bebidinha num canto, que num consegue se enturmar. Tem uma partezinha dentro de você que num quer derreter e derramar. É da linhagem de Sarah Dolorida mesmo. Os rapazes trouxeram a menina certa.”



A Rainha dos Elfos


Segundo a Kelda, a rainha está apenas testando Tiffany e por isso roubou Wentworth. Quer ver do que é feita a nova bruxa responsável pelo Giz. Em sua terra, o tempo passa muito devagar – anos aqui são dia lá. Além disso, como é o lugar onde os sonhos são reais, passar muito tempo na terra da Rainha pode fazer com que você nunca mais consiga acordar direito nem diferenciar a fantasia da realidade. São os riscos que Wentworth corre, além de só retornar ao mundo real quando todos estiverem mortos e ele for, ainda, uma criança.
É uma terra infestada por fadas, dromos (criaturas que tecem sonhos e fisgam você por tempo suficiente para depois consumi-lo) e todo o tipo de coisas ruins. Uma terra que rouba um pouco de cada mundo e acaba reunindo os piores pesadelos de todos eles. Tiffany, com os Nac Mac Feegle e sua frigideira, enfrenta todos eles para resgatar o irmão e provar à Rainha que ela não é invencível – e que não se mexe com uma Dolorida.

“O segredo não é sonhar (...) O segredo é acordar. Acordar é mais difícil. Eu acordei e sou real. Eu sei de onde venho e para onde vou. Você não pode mais me enganar. Nem me tocar. Nem tocar qualquer coisa que seja minha.”


Opinião final

Terry Pratchett nos deixou há pouco tempo, mas imortalizou a si mesmo em sua escrita. Ele possuía um modo todo peculiar e sarcástico de ver o mundo: colocou isso em suas obras e nos fornece, a cada vez que lemos, reflexões profundas sobre questões que nem imaginávamos. Seus livros são cheios de críticas sociais descaradas e que fazem você dar um sorrisinho de lado durante a leitura. É o segundo livro que leio do autor, mas com certeza ainda virão muitos mais pela frente. Convido você a embarcar no Discworld junto comigo e diversos outros leitores - acredite: você não está velho demais para ler esse infanto-juvenil. É o tipo de leitura que irá agradar o seu filho, você e o seu pai. É uma leitura que transcede e se eterniza.

“Pensando assim, o livro nunca dava provas de nada. Ele falava sobre um ‘belo príncipe’... mas era ele belo mesmo, ou só porque era príncipe as pessoas o chamavam de belo? E a ‘menina que era tão linda quanto o amanhecer’... bom, que amanhecer? No solstício do inverno quase não havia luz ao amanhecer! As histórias não queriam que você pensasse, só queriam que acreditasse no que contavam...”

Os Pequenos Homens Livres (The Wee Free Men) || #30 da série Discworld e #1 da série de Tiffany Dolorida || Terry Pratchett  || Tradução de Ludimila Hashimoto || Grupo Editorial Record (Bertrand Brasil) || Brochura || 304 páginas || Skoob e Goodreads || Compare os preços. || Livro cedido em parceria com a editora.

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Game of Thrones S06E10: A Season Finale

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Antes de qualquer coisa: que trilha sonora foi aquela do começo do episódio, hein? Que musiquinha enervante, gente! A parte que mais deixou todos nós nervosos foi justamente aquela em que não houve muito diálogo. Um trabalho maravilhoso de quem ficou responsável pela trilha sonora, vale mencionar. Você ouve e automaticamente associa ao acontecido, assim como o Casamento Vermelho ficou marcado por Rains of Castamere. Enfim, enquanto lê a resenha, que tal escutar de novo a soundtrack dessa season finale?


O episódio se inicia com as pessoas se reunindo para o julgamento de Cersei Lannister e Loras Tyrell no Great Sept of Baelor. Aparentemente temos nobres ali, além da Fé Militante, do Alto Pardal, dos septões e septãs. Os Tyrell, à exceção de Olenna, estão todos presentes também.
O primeiro a ser apresentado perante o Julgamento dos Sete é Loras, mas ele confessa os seus crimes: ter deitado com homens, incluindo o traidor Renly Baratheon, depravação, desonestidade, libertinagem e arrogância. É perdoado com uma condição: entrar para a Fé Militante e defender a justiça dos Sete. É uma cena meio triste de se ver, levando em conta que Loras é o único herdeiro dos Tyrell (não que isso faça muita diferença depois, de qualquer forma). Ele renuncia a todas as suas pretensões e direitos de herança. Para concluir o perdão, é marcada em sua testa a insígnia da Fé Militante enquanto Mace assiste, incrédulo, e Margaery o segura, assim como tenta conter a si mesma. Aparentemente a mutilação do seu irmão não estava no script...


Assim como não estava nos planos de Cersei participar do próprio julgamento. Para assegurar que seu filho também não estivesse no Septo, o Montanha foi enviado para impedi-lo de sair de seus aposentos. Por um momento eu pensei que ele mataria Tommen... Descobrimos, aliás, que Cersei está com Septã Unella, mantendo-a presa. Deixa claro que ela não morrerá tão cedo e, enquanto esse dia não chegar, sofrerá bastante. Cersei deixa a septã aos “cuidados” do Montanha mais adiante, o que fez muita gente deduzir que ele iria estuprá-la: ainda que não sinta prazer, apenas para fazê-la sofrer. Também temos a morte do Grande Meistre Pycelle pelos passarinhos que antes eram de Varys e agora pertencem à Qyburn. Com certeza à mando de Cersei, uma forma de tirar o velho do caminho: se não era capaz de ajudar, que também não atrapalhasse.

“Mas às vezes, para introduzir o novo, o velho tem de morrer.”
QYBURN PARA GRANDE MEISTRE PYCELLE, S06E10 

Como a Rainha Mãe está demorando a aparecer, Lancel é enviado à Fortaleza Vermelha com alguns dos homens da Fé Militante para trazê-la. Entretanto, enquanto os outros prosseguem no caminho, ele é atraído por uma criança que tem o claro objetivo de levá-lo a uma armadilha. Tudo arquitetado por Cersei e Qyburn. Um plano de dar arrepios e que me deixou apreensiva o tempo todo. Enfim, Lancel, atraído a um dos túneis subterrâneos abaixo do Great Sept of Baelor, é esfaqueado na altura das costelas por um dos passarinhos de Qyburn. Arrastando-se pelo chão, ele vê que está em uma vertente do túnel repleta de carregamentos de fogo-vivo. Lá no fim, como uma irônica luz no final do túnel, três velas ardem e se consomem sobre poças do fogo-vivo. É para lá que Lancel se arrasta, na esperança de conseguir apagar as velas. No septo, Margaery tenta convencer o Alto Pardal de que há algo errado, mas ele não lhe dá ouvidos e só fala da Fé e do julgamento justo dos deuses.

“Cersei não está aqui. Tommen não está aqui. Por que acha que não estão aqui? (...) Cersei conhece as consequências de sua ausência e ela está ausente mesmo assim, o que significa que ela não pretende sofrer essas consequências. O julgamento pode esperar. Precisamos sair daqui.”
MARGAERY TYRELL PARA O ALTO PARDAL, S06E10 


Infelizmente o Alto Pardal não tem tempo de se arrepender por não ter escutado a Tyrell. A Fé Militante impede a saída de todos, condenando centenas de pessoas à morte certa. Abaixo do septo, o fogo-vivo explode na cara de Lancel. A visão de Bran Stark se cumpriu.


Da Fortaleza Vermelha, Cersei assiste a tudo com um sorriso no rosto. Cruel demais até para ela. Seja lá quem for a divindade que de fato existe no universo de Game of Thrones, ela concordou comigo: Cersei não saiu impune diante da atrocidade. Tommen, consumido pela amargura, retira a coroa e comete suicídio, pulando da janela de seus aposentos. A season finale começou assim: chocando.


Quem morreu: Grande Meistre Pycelle, Tommen Lannister, Mace Tyrell, Margaery Tyrell, Loras Tyrell, Kevan Lannister, Lacel Lannister, Alto Pardal, todos os septões e septães de Porto Real (exceção à Unella, mantida em cativeiro) e a Fé Militante, além de centenas de pessoas que estavam no Septo.




Agora estamos com os Frey comemorando a retomada de Riverrun. Jaime Lannister e Bronn também estão ali, além dos filhos de Walder Frey. Após um pequeno diálogo, Jaime consegue algumas mulheres para Bronn, que se levanta da mesa e para de reclamar sobre como o Lannister sempre consegue todas as atenções. Walder Frey aproveita a oportunidade e ocupa o lugar de Bronn. A conversa que se segue, resumidamente, é sobre o Frey comemorando “suas” conquistas e depois afirmando a semelhança entre ele e Jaime: ambos são regicidas.

“Nós lhe demos Riverrun para mantê-lo. Se precisarmos vir retomá-lo a cada vez que o perder, por que precisamos de você?”
JAIME LANNISTER PARA WALDER FREY, S06E10 



Retornamos brevemente à King’s Landing, onde Cersei vê o corpo de Tommen pela primeira vez. Não parece tão abalada, o que não sei se foi uma falha da atriz ou a reação natural de Cersei de quem não se importa tanto depois ter sido traída por aquele que mais amava (afinal, Tommen praticamente condenou a mãe à morte quando extinguiu o julgamento por combate). Ordenou à Qyburn que cremasse o corpo do filho e jogasse as cinzas sob o que restou do Grande Septo de Baelor, pois Tommen deveria repousar ao lado do avô e dos irmãos.



Vemos agora Samwell Tarly, ainda com a Hearthsbane, chegando na Cidadela na companhia de Gilly e seu filho. Após as burocracias de praxe, o meistre que o atende diz que ele deverá reunir-se com o Arquimeistre para discutir suas irregularidades – o fato de não ter sido indicado pelo Meistre anterior da Muralha, nem pelo “atual” Senhor Comandante Mormont, cujas mortes a Cidadela desconhecia. De qualquer forma, Sam consegue permissão para conhecer a biblioteca e, empolgado, se encaminha para lá. Gilly e o filho ficam de fora, esperando no átrio, uma vez que mulheres e crianças não são permitidas na biblioteca. Quando Sam entra no local e vê a quantidade absurda de livros, seus olhos brilham. Tipo você quando entra na Saraiva e tem grana.




Um corvo branco voa em direção à Winterfell.
Jon Snow e Melisandre estão no salão principal do castelo e o bastardo indica o local onde a família costumava sentar aos banquetes, e onde ele mesmo sentava. A conversa é interrompida pela chegada de Davos Seaworth, que, com o veado de madeira semidestruído de Shireen Baratheon em mãos, obriga a Sacerdotisa Vermelha a admitir o que fez com a princesa. É uma cena tensa, onde o Cavaleiro das Cebolas exige o direito de matar a bruxa, que argumenta com Jon os motivos para continuar ao seu lado na guerra que está por vir. Cabe ao bastardo decidir o que fazer: ele a manda embora para o Sul, e que nunca mais retorne ao Norte ou será enforcada como assassina.

“Queimou uma garotinha viva! (...) Se ordena a queimar crianças, seu Senhor é perverso! (...) Amava aquela garotinha como se fosse minha. Ela era boa, gentil e você a matou!”
DAVOS SEAWORTH PARA MELISANDRE, S06E10



A cena muda. Mais tarde, nas ameias do castelo, Jon e Sansa Stark conversam. É uma discussão acerca de quem deve ocupar os aposentos de lorde, e Jon afirma não pertencer a si, já que é um bastardo, e sim a ela, Senhora de Winterfell. Eles conversam também sobre a necessidade de confiar um no outro, sem segredos ou lutando guerras entre si. É um momento de irmãos que você não esperava ver entre Sansa e Jon, mas ali está, e ambos até brincam relembrando do lema da Casa Stark, tantas vezes proferido pelo pai.

“Um corvo veio da Cidadela. Um corvo branco. O inverno chegou.”
SANSA STARK PARA JON SNOW, S06E10




Olenna Tyrell está reunida com as Serpentes de Areia em Dorne. Após calar a boca das filhas de Ellaria Sand, sendo ácida como só a Rainha dos Espinhos sabe ser, elas vão direto ao ponto: os Lannister declararam guerra à Dorne, e Olenna quer sua vingança pelo assassinato da família. A aliança é necessária para uma vitória, para que seja cobrado o preço de sangue... De fogo e sangue, segundo Varys, que aparece logo no final da cena.

“- Cersei roubou meu futuro. Ela matou meu filho. Matou meu neto. Minha neta. Não é sobrevivência que procuro.

- Você tem razão. Me expressei mal. Não é sobrevivência que ofereço, é o que seu coração deseja.

- E o que meu coração deseja?
- Vingança. Justiça.
- Fogo e sangue.”
OLENNA TYRELL, ELLARIA SAND E VARYS, S06E10




Em Meereen, Daenerys Targaryen dispensa Daario Naharis de um modo não muito delicado. Ainda que o comandante dos Segundos Filhos diga que a ama, que quer protegê-la e acompanhá-la a Westeros, ela é categórica em recusar. Diz que chegando em King's Landing precisará se casar e não é de bom tom levar consigo um amante. As declarações apaixonadas de Daario não bastam, mas simplesmente porque ela não sente nada por ele, ao contrário do que imaginava. É o que admite depois, quando sai de seus aposentos e vai encontrar Tyrion Lannister no salão principal da Grande Pirâmide.

“Sabe o que me dá medo? Eu disse adeus ao homem que me ama. O homem com quem achava me importar. E não senti nada. Só queria que terminasse logo.”
DAENERYS TARGARYEN PARA TYRION LANNISTER, S06E10 

Tyrion reforça a lealdade que tem para com a Daenerys e ela aproveita o momento para nomear o Lannister como sua Mão da Rainha, colocando no traje do anão um broche personalizado semelhante ao westerosi.




Voltando aos Frey, Lorde Walder está sendo servido durante o almoço. O salão está vazio e o velho reclama com a serviçal que seus filhos, Walder Negro e Lothar, estão atrasados para a refeição. Com o seu jeito de sempre, dá um tapa no traseiro da moça que o serve, aliciando-a.
Ele pergunta novamente devem estar os filhos, e a serviçal responde dizendo que estão ali. Walder olha ao redor e não entende muito bem, até que a moça indica o prato diante do lorde. Ele se aproxima e olha dentro da torta que estava comendo: a carne dos próprios filhos. Quem era a serviçal? Arya Stark.

“Não foi fácil cortá-los. Principalmente Walder Negro.”
ARYA STARK PARA WALDER FREY, S06E10 




Em Winterfell, perto da Árvore Coração em que Ned costumava afiar a Gelo, Mindinho cumpre sua principal função na série: colocar todos contra todos e fingir que está do lado de cada um. É o que faz com Sansa, suscitando na mente da Stark um sentimento de revolta, pequeno por enquanto, quanto à possibilidade de preferirem a pretensão de Jon à sua. Ele também admite o seu maior desejo: ocupar o Trono de Ferro com Sansa ao seu lado como rainha. Sansa tenta ignorá-lo e se retira, mas a semente da discórdia já está plantada.




Agora estamos com Bran Stark, que é deixado do lado de fora da Muralha, junto de Meera Reed, pelo tio Benjen Stark. Ele diz que é o máximo onde poderá deixá-los, pois a Muralha tem propriedades mágicas e enquanto estiver de pé, os mortos jamais poderão atravessar em direção ao Reino dos Homens. Nem mesmo ele. Então vai embora mais uma vez (quem sabe o vejamos de novo na última temporada, né?).
Desde a confusão do episódio 5, com a morte de Hodor, do antigo Corvo de Três Olhos e de Verão, é a primeira vez que Bran toca em uma Árvore Coração. Meera está apreensiva, mas ele diz que agora que assumiu a posição de Brynden Rivers, precisa fazê-lo. Finalmente vemos a conclusão do acontecimento na Torre da Alegria... E confirmamos: Jon Snow é filho de Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen. Ainda que Lyanna não afirme isso em momento algum, fica subentendido especialmente quando a câmera foca no rosto do bebê, e logo em seguida a cena corta para o rosto de Jon.




Jon está no salão principal de Winterfell. Sansa senta ao seu lado. Os nortenhos estão reunidos, misturando aqueles que atenderam ao chamado dos Stark e aqueles que o ignoraram. Todos estão hesitantes diante de seguir Jon e lutar ao lado dos selvagens, e não é o bastardo, tampouco Sansa, que os convence do contrário... E sim a pequena Lyanna Mormont, que com seu pulso firme relembra as vergonhas e deslealdade das Casas ali presentes, conseguindo converter Lorde Glover, Lorde Manderly e Lorde Cerwynà causa Stark. Uma garota que não deve ter nem doze anos envergonha três senhores experientes. Isso foi sencacional. Sansa ouve o discurso da Mormont com um pequeno sorriso no rosto. A cena relembra a season finale da primeira temporada: os homens enchem o salão com seus gritos de “THE KING IN THE NORTH!”, enquanto erguem a espada em direção a Jon Snow.




Em King's Landing, Cersei está sendo coroada na Sala do Trono. Aparentemente nomeou novos membros para sua Guarda Real, pois eles a acompanham enquanto a Lannister se dirige ao Trono de Ferro. Qyburn repousa uma coroa em sua cabeça e a nomeia a Primeira de Seu Nome, Rainha dos Ândalos e dos Primeiros Homens, Protetora dos Sete Reinos. Nota-se que Qyburn utiliza o broche da Mão do Rei, e que validade tem a nomeação por parte dele e sem a presença de qualquer septão, eu desconheço. Jaime, que retornou de Riverrun naquele momento, observa a cena com um olhar que diz que algo ali dentro mudou para sempre. E não tem volta.




O final do episódio é todo de Daenerys. Sua frota é filmada e vemos velas com os símbolos dos Targaryen, Greyjoy e Martell. Apesar de muita gente ter dito que Varys se "teletransportou", pois estava em uma das embarcações com Daenerys sendo que antes havia aparecido com as Serpentes de Areia, eu acredito que não foi exatamente isso. Afinal, os navios dos Martell estão ali também: Dorne não enviaria sua frota para Meereen apenas para que retornasse em direção à Porto Real em seguida. Não. Daenerys está próxima da costa westerosi com todo o seu exército, três dragões e na companhia de pessoas com sede de ódio da mesma mulher que, sentada no Trono de Ferro, ouve as pessoas desejarem que tenha um longo reinado... Que não será tão longo assim.


Se segura, Cersei. Fire and blood is coming.




Gente, esse episódio teve 1h e 10min de duração. Levando em conta que a resenha foi detalhada, ficou extremamente longa. Há um milhão de considerações que eu amaria fazer, mas ficará para o próximo post. Só posso dizer que esse foi o episódio mais sensacional da série, ao lado do último, e que foi a melhor season finale da minha vida.
Quero finalizar com uma observação pertinente: Cersei conquistou sua coroa através do poder. Daenerys, pelo medo. Jon Snow, pela confiança de seus homens.
Até a próxima!

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